Marina Silva: cassação da chapa Dilma-Temer é o melhor caminho
A presidenciável em 2014 questionou, ainda, pontos da delação de Joesley que não foram esclarecidos pelo presidente em nenhum de seus pronunciamentos
Estadão Conteúdo
Publicado em 22 de maio de 2017 às 08h00.
São Paulo - A ex-ministra Marina Silva (Rede) criticou a postura do presidente Michel Temer (PMDB) de não "esclarecer a gravidade do que foi divulgado" e usar o "método de desqualificar o acusador". Marina defendeu, ainda, a cassação da chapa Dilma-Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) como o "melhor caminho".
"O que levou o dono da JBS, aquele que 'prejudicou o Brasil, enganou os brasileiros', ser recebido na calada da noite no Palácio do Jaburu?", questionou a criadora da Rede em sua conta no Twitter.
"O método de desqualificar o acusador não fez o presidente Michel Temer esclarecer a gravidade do que foi divulgado."
Sem citar as eleições diretas, Marina escreveu que "neste momento, a cassação da chapa Dilma-Temer no TSE é o melhor caminho". Caso a chapa da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e de Temer nas eleições presidenciais de 2014 seja cassada na corte eleitoral, a escolha do novo presidente poderia ser através de eleições diretas.
Se por um lado a Constituição Federal determina eleições indiretas no caso de vacância do cargo nos dois anos finais do mandato, esse prazo é reduzido para seis meses no Código Eleitoral. O julgamento no TSE começa no próximo dia 6 de junho.
A presidenciável em 2014 questionou, ainda, pontos da delação de Joesley que não foram esclarecidos pelo presidente em nenhum de seus pronunciamentos, no sábado, 20, e na quinta-feira, 18.
"O que o presidente teria a dizer sobre os vídeos estarrecedores de seu assessor recebendo uma mala de dinheiro de um diretor da JBS?", perguntou Marina. "Por que o presidente não denunciou as confissões de suborno a juízes e procuradores feitas pelo empresário, conforme estabelece a lei?"
Marina escreveu, ainda, que "para que em nosso País possam caber todos, é necessário que não caiba mais a corrupção".