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Marina nega pressão do agronegócio para alterar programa

Entidades do agro não gostaram da promessa de rever os indicadores de produtividade para facilitar a desapropriação de terras destinadas à reforma agrária

Marina defendeu que a função social da terra está na Constituição e que a maioria do agronegócio defende melhorar a produtividade (José Cruz/ABr)
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Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2014 às 14h14.

São Paulo - A presidenciável Marina Silva disse nesta segunda-feira, 8, não ter recebido qualquer tipo de pressão do agronegócio para fazer alterações em seu programa de governo.

"Não houve nenhum tipo de pressão para que se mude isso no programa de governo, até porque não entendo em que isso faria bem ao agronegócio brasileiro", disse após participar de uma agenda na capital paulista.

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Segundo matéria publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo, entidades ligadas ao agronegócio não gostaram da promessa colocada no programa de Marina de rever a política do uso de indicadores de produtividade para facilitar processos de desapropriação de terras destinadas à reforma agrária.

Marina defendeu que a função social da terra está na Constituição brasileira e que a maioria do agronegócio defende melhorar a produtividade. "Todos querem que nossa agricultura possa se dar em bases técnicas", disse, e reafirmou sua proposta de que a produção brasileira cresça a partir de ganhos de produtividade.

A candidata citou visita que fez recentemente a Sertãozinho, no interior do estado, em que conversou com empresários do setor sucroalcooleiro sobre a necessidade de se reivindicar produtividade compatível com as tecnologias do século XXI.

A visita, contudo, ocorreu em 28 de agosto, véspera do lançamento de seu programa de governo. Marina disse ainda que há uma generalização de colocações de "segmentos muito minoritários", considerando que valeriam para o conjunto da agricultura.

Entre os que falaram ao Estadão na reportagem, reclamando do trecho do programa de governo, estavam o presidente da Associação Brasileira do Agronegócio, Luiz Carlos Correa Carvalho, e o ex-ministro da Agricultura Roberto Rodrigues, que disse que a medida dos indicadores não tem sentido.

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