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Marina: Cria estranhamento decisão do STF que tirou de Moro menções a Lula

Para Marina, o país vive crise na qual a política se "descredenciou para mediar os diferentes interesses da sociedade, que recorre à Justiça o tempo todo"

Marina Silva: "Pra gente é muito difícil entender, (a decisão) já havia sido confirmada por duas vezes e agora foi retirado do juiz Sérgio Moro" (Nacho Doce/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de abril de 2018 às 18h13.

Rio - A pré-candidata da Rede à Presidência da República, Marina Silva , disse nesta quinta-feira, 26, que causou "estranhamento" a decisão da 2ª turma do Supremo Tribunal Federal ( STF ) de retirar do juiz Sérgio Moro as menções ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva da delação da Odebrecht que tratam do sítio de Atibaia (SP) e do Instituto Lula.

"Pra gente é muito difícil entender, (a decisão) já havia sido confirmada por duas vezes e agora foi retirado do juiz Sérgio Moro", disse Marina após debate com representantes do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) em um restaurante na zona sul do Rio.

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Para Marina, o país vive uma crise na qual a política se "descredenciou para mediar os diferentes interesses da sociedade, que recorre à Justiça o tempo todo, seja em função de não ter legitimidade e credibilidade para operacionalizar seus próprios conflitos, seja em função dos erros graves que cometeu de crimes de corrupção e de todos os problemas que a Lava Jato mostrou para a sociedade brasileira", declarou.

Ela não quis avaliar, no entanto, se o Brasil vive um momento de insegurança jurídica. "Não tenho elementos para afirmar isso", disse a jornalistas.

Marina frisou que pretende, se ganhar a eleição à Presidência, garantir todos os contratos já assinados por governos anteriores, mantendo assim a segurança jurídica, mas criticou a privatização da Eletrobras do jeito que está sendo feita. "Tem que ter debate e o melhor é que fique para o próximo governo." Ela negou porém que possa cancelar leilões de petróleo, para proteger o meio ambiente, como pregam ambientalistas.

"Não tenho nenhum problema com privatizações, em manter contratos e fazer leilões idôneos em relação a rodadas (de petróleo). Obviamente que os recursos têm que ir para saúde e educação", avaliou. Já a exploração de petróleo e gás natural na Amazônia, segundo ela, é um caso à parte, tem que ser viável", ressaltou.

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