Marco Aurélio e Lewandowski relatarão inquéritos da Odebrecht
Edson Fachin entendeu que as investigações não tinham relação com o escândalo de corrupção da Petrobras e deveriam ser distribuídas a outros ministros
Estadão Conteúdo
Publicado em 25 de maio de 2017 às 17h36.
Brasília - Após pedido do ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Marco Aurélio Mello ficará com o inquérito que investiga o deputado Pedro Paulo (PMDB-RJ) e o ex-prefeito do Rio Eduardo Paes; e o ministro Ricardo Lewandowski, com a investigação relativa ao deputado Betinho Gomes (PSDB-PE).
Os inquéritos foram abertos com base nas delações da Odebrecht, mas Fachin entendeu que as investigações não tinham relação com o escândalo de corrupção da Petrobras e, por isso, deveriam seguir a regra geral e serem distribuídas por sorteio a outros ministros.
Um terceiro processo, envolvendo o líder do PT na Câmara, deputado Carlos Zarattini, também será encaminhado a outro magistrado.
O inquérito que tem Pedro Paulo e Paes como investigados, por exemplo, investiga se os dois receberam propina da Odebrecht para que a empresa fosse privilegiada em contratos relativos à Olimpíada de 2016, realizada no Rio.
Já o inquérito que tem como um dos envolvidos Betinho Gomes, trata do suposto repasse de valores ao parlamentar e a outros candidatos nos anos de 2012 a 2014, "na busca de favorecimento no empreendimento Reserva do Paiva, situado no Cabo de Santo Agostinho (PE)".
Zarattini, por sua vez, é citado por suposta atuação junto à Previ, para que o fundo de previdência privada dos funcionários do Banco do Brasil adquirisse imóveis de empreendimento construído e comercializado pela Odebrecht, supostamente recebendo valores como contrapartida dessas ações.
Todos os citados negam irregularidades.