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Marcelo Odebrecht teria planejado fugir do país, diz jornal

Anotações pessoais de Marcelo Odebrecht levaram o Ministério Público Federal a suspeitar que o empresário planejava fugir do país

Empresário Marcelo Odebrecht é escoltado por policiais em Curitiba (Rodolfo Burher/Reuters)

Empresário Marcelo Odebrecht é escoltado por policiais em Curitiba (Rodolfo Burher/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2015 às 17h35.

São Paulo - O empresário Marcelo Odebrecht, presidente da Odebrecht, o quarto maior grupo privado brasileiro, teria planejado fugir do Brasil, segundo informações do Ministério Público Federal (MPF), divulgadas pelo jornal O Globo.

O empresário foi preso em caráter preventivo na Erga Omnes, 14º etapa da Operação Lava Jato.

Segundo a reportagem, a suspeita surgiu a partir de uma anotação pessoal do empresário, que continha a expressão "tática Noboa". O MPF acredita ser uma referência a Gustavo Noboa, ex-presidente do Equador, que em 2003, ao ser acusado de má adminsitração de fundos da dívida externa, fugiu do país.

Outras expressões encontradas pelo MPF entre as anotações de Odebrecht foram "Risco Swiss? E EUA?", que, segundo os investigadores, podem ser referências ao risco de que fossem descobertas as contas bancárias que o grupo supostamente mantinha na Suíça e nos Estados Unidos.

Histórico

Em 19 de junho, Marcelo Odebrecht foi preso junto a outros dirigentes da companhia, Rogério Santos de Araújo, Alexandrino de Salles de Alencar, Márcio Faria da Silva e Cesar Ramos Rocha.

Odebrecht foi indiciado por corrupção, lavagem de ativos, fraude a licitações e crime contra a ordem econômica, supostamente praticados em contratos da Petrobras.

Nesta sexta-feira, 24, a Justiça Federal decretou uma nova prisão de Marcelo Odebrech e dos executivos ligados ao grupo. A decisão foi tomada pelo juiz Sérgio Moro, diante de novas provas acumuladas desde a primeira prisão do empresário.

Além de ser dona da Construtora Norberto Odebrecht, a maior construtora de infraestrutura da América Latina, o grupo atua em mercados como petroquímica, concessões, indústria naval, defesa, óleo e gás, etanol e gestão de resíduos.

A empresa também é dona da Braskem, a maior petroquímica da América Latina, que também está envolvida nas investigações da Operação Lava Jato.

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