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Mantega confirma que governo trabalha na abertura de capital da Infraero

"Precisamos primeiro melhorar a sua governança e modernizá-la para preparar sua entrada na bolsa”, disse Mantega ao jornal britânico Financial Times sobre a Infraero

Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro: infraero será privatizada (Márcia Foletto/Agência O Globo)

Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro: infraero será privatizada (Márcia Foletto/Agência O Globo)

Diogo Max

Diogo Max

Publicado em 10 de janeiro de 2011 às 08h40.

São Paulo - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confirmou que o governo busca abrir o capital da Infraero como medida para melhorar a infraestrutura de alguns dos principais aeroportos brasileiros. Até então, rumores divulgados na imprensa diziam apenas que a presidente Dilma Rousseff havia decidido começar o processo de privatização dos aeroportos nacionais.

Em entrevista publicada nesta segunda-feira pelo jornal britânico Financial Times, o ministro Guido Mantega afirmou que a reforma administrativa na estatal poderia melhorar a gestão de alguns dos principais aeroportos do país, tendo em vista a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016. “O importante é mudar a estrutura da Infraero”, disse Mantega à reportagem do Financial Times. “Precisamos primeiro melhorar a sua governança e modernizá-la para preparar sua entrada na bolsa”, acrescentou.

O jornal britânico lembra que “qualquer tipo de privatização ou oferta pública da Infraero poderá gerar bilhões de dólares para o governo”  e que a estatal, administradora de 67 aeroportos, apresentou uma receita de R$ 2,61 bilhões em 2009.

O ministro Guido Mantega também confirmou a criação de uma Secretaria para Portos e Aeroportos, da qual dependeria qualquer tentativa de reformar a Infraero. O Financial Times afirma que a presidente Dilma Rousseff tinha o plano de criá-la no início do seu governo, mas que “foi forçada a atrasar a proposta” devido à última ameaça de greve dos aeroviários e aeronautas, antes do natal.

"Temos de tomar medidas muito drásticas para aumentar a capacidade na aviação e melhorar toda infraestrutura", disse Mantega ao Financial Times.

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