Brasil

Mantega chega à sede da PF e será levado para Curitiba

O ex-ministro Mantega será levado ainda hoje para a sede da Polícia Federal em Curitiba e entrevista coletiva ainda hoje dará detalhes da operação


	Guido Mantega: o ex-ministro Mantega será levado ainda hoje para a sede da Polícia Federal em Curitiba
 (Nacho Doce/Reuters)

Guido Mantega: o ex-ministro Mantega será levado ainda hoje para a sede da Polícia Federal em Curitiba (Nacho Doce/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 22 de setembro de 2016 às 10h36.

O ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, preso temporariamente hoje (22) na Operação Arquivo X da Polícia Federal, chegou às 9h30 à sede da Polícia Federal, em São Paulo. Malotes resultantes da busca e apreensão na residência e escritório do ex-ministro também foram trazidos.

A Polícia Federal esteve às 6h no apartamento onde mora o ex-ministro, mas encontrou apenas o seu filho adolescente e uma empregada no local. Os policiais foram, então, ao Hospital Albert Einstein, onde Mantega acompanhava a esposa, que está internada.

Em nota, a polícia informou que fez contato telefônico com o investigado, “que se apresentou espontaneamente na portaria do edifício”. Segundo a PF, Mantega, seu advogado e a equipe de policiais foram até o apartamento do ex-ministro, na região de Pinheiros, zona oeste de São Paulo.

“Tanto no local da busca como no hospital todo o procedimento foi realizado de forma discreta, sem qualquer ocorrência e com integral colaboração do investigado”, diz a nota da PF.

A operação

No total, são cumpridos 48 mandados em Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Rio Grande do Sul e no Distrito Federal.

De acordo com nota do Ministério Público Federal no Paraná, em julho de 2012, o Consórcio Integra Ofsshore, formado pelas empresas Mendes Júnior e OSX, firmou contrato com a Petrobras no valor de US$ 922 milhões, para a construção das plataformas P-67 e P-70.

Em depoimento ao Ministério Público, o empresário Eike Batista, ex-presidente do Conselho de Administração da OSX, disse que, em novembro de 2012, Guido Mantega, que à época era presidente do Conselho de Administração da Petrobras, teria pedido R$ 5 milhões para o Partido dos Trabalhadores (PT).

Para operacionalizar o repasse, Eike firmou contrato falso com empresa ligada a publicitários já denunciados na Operação Lava Jato por disponibilizarem seus serviços para a lavagem de dinheiro oriundo de crimes.

Após uma primeira tentativa frustrada de repasse em dezembro de 2012, em abril de 2013 constatou-se a transferência de US$ 2,350 milhões, no exterior, entre contas de Eike Batista e dos publicitários.

As consorciadas, que não tinham tradição no mercado específico de construção e integração de plataformas, viabilizaram a contratação mediante o repasse de valores a pessoas ligadas a agentes públicos e políticos.

O ex-ministro Mantega será levado ainda hoje para a sede da Polícia Federal em Curitiba. Os procuradores e delegados da Polícia Federal concedem entrevista coletiva ainda hoje para dar detalhes da operação.

Acompanhe tudo sobre:cidades-brasileirasCuritibaGuido MantegaMetrópoles globaisPersonalidadesPolícia FederalPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileirosPrisõessao-paulo

Mais de Brasil

Quem são as vítimas da queda de avião em Gramado?

“Estado tem o sentimento de uma dor que se prolonga”, diz governador do RS após queda de avião

Gramado suspende desfile de "Natal Luz" após acidente aéreo

Lula se solidariza com familiares de vítimas de acidente aéreo em Gramado