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Mandetta: quadro de coronavírus está "longe" do desespero no Brasil

Ministro disse ainda que há casos graves de infecções já conhecidas em alta, como sarampo, e que devem ser observados

Luiz Henrique Mandetta, ministro da Saúde: cenário do coronavírus ainda não é grave no Brasil (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de fevereiro de 2020 às 12h01.

Última atualização em 31 de março de 2020 às 20h00.

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), disse que não causa "desespero" a situação do novo coronavírus no Brasil. "Não não. Longe disso", disse ele ao Estadão nesta sexta-feira, 28.

Mandetta afastou ainda a possibilidade de falta de produtos para enfrentamento da doença. "A equipe do ministério vai organizar. A partir do momento em que o arsenal de insumos for pedido pelos médicos, vamos atender."

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O ministro afirmou que o governo trabalha com "ciência" e que seria "imaginação" traçar cenários sobre a gravidade da doença no país. "Imaginação perto de ciência não cabe. Agora é estudar, estudar e estudar. E responder com ciência, ciência e ciência."

Mandetta disse que ainda é preciso verificar o comportamento do vírus no clima tropical para reagir. Até esta sexta-feira, o Brasil tinha um caso confirmado e 182 suspeitas. O próximo balanço será divulgado na segunda-feira, 2. "A gente tem de lidar com o comportamento do vírus, conforme ele vai se manifestar num país tropical. Vamos aguardar", afirmou.

Para o ministro, apesar do alerta pela nova doença, há casos graves de infecções já conhecidas em alta, que devem ser observados. "Eu comentei lá em São Paulo. Todos falando de novo coronavírus e, na véspera, uma criança havia morrido com sarampo porque não havia sido vacinada", declarou.

A Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo confirmou na quinta-feira, 28, a primeira morte por sarampo de 2020. A vítima é uma criança da capital paulista.

Em 2020, até 8 de fevereiro, foram registradas duas mortes por sarampo e 338 casos da doença, segundo o Ministério da Saúde. A doença estava erradicada no Brasil, mas voltou a circular com força no último ano e a atingir crianças não vacinadas.

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