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Malásia e Indonésia proíbem exibição do filme Noé

Autoridades de censura dos dois países informaram que a exibição do filme é contra as leis islâmicas


	Cartaz do filme "Noé": representações de qualquer profeta do Islã são evitadas para evitar a adoração de uma pessoa em vez de Alá
 (Divulgação / Paramount Pictures)

Cartaz do filme "Noé": representações de qualquer profeta do Islã são evitadas para evitar a adoração de uma pessoa em vez de Alá (Divulgação / Paramount Pictures)

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Da Redação

Publicado em 8 de abril de 2014 às 20h27.

Kuala Lumpur - A Malásia e a Indonésia proibiram a exibição épico norte-americano Noé, que retrata a vida do profeta que construiu uma arca para salvar a humanidade, juntando-se a outras nações muçulmanas que baniram o filme.

As autoridades de censura dos dois países informaram que a exibição do filme estrelado por Russel Crowe e dirigido por Darren Aronofsky é contra as leis islâmicas. Representações de qualquer profeta do Islã são evitadas para evitar a adoração de uma pessoa em vez de Alá.

"A exibição do filme Noé não é permitida no país para proteger a sensibilidade e a harmonia na comunidade multirracial e multirreligiosa da Malásia", escreveu o presidente do Conselho de Censura Cinematográfica, Abdul Hamid, em um comunicado.

Malaios muçulmanos constituem 60% dos 30 milhões de habitantes da Malásia, enquanto os cristãos são cerca de 9%.

No país muçulmano mais populoso do mundo, o presidente do conselho censor da Indonésia, Muchlis Paeni, disse que o enredo do filme contradiz tanto o Alcorão como a Bíblia. "Temos de rejeitar que Noé seja exibido aqui. Nós não queremos um filme que poderia provocar controvérsias e reações negativas", disse Paeni.

O conselho indonésio Ulama, órgão islâmico mais influente do país, saudou a iniciativa dizendo que filmes que possam corromper os ensinamentos religiosos devem ser banidos. Por outro lado, intelectuais criticaram as autoridades.

"A decisão foi muito lamentável, muito triste", escreveu o cineasta Joko Anwar em sua conta no Twitter.

Grande parte dos países muçulmanos, incluindo os Emirados Árabes, o Qatar e o Bahrein já proibiram o filme, que é um sucesso de bilheteria nos Estados Unidos. A Paramount Pictures, estúdio responsável pela produção, adicionou um aviso em seus materiais de propaganda dizendo que "utilizou-se de licença artística" para contar a história.

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