"Malandragem", diz Guimarães sobre adiamento de comissão
Líder do governo disse que a mudança de data fere a legislação que trata do processo de impeachment de um presidente da República
Da Redação
Publicado em 7 de dezembro de 2015 às 19h23.
Brasília - Líderes governistas abandonaram nesta segunda-feira, 7, a reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e deixaram o gabinete do peemedebista chamando de "malandragem" a decisão de adiar para esta terça-feira, 8, a indicação dos parlamentares que vão integrar a Comissão Especial que vai analisar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
O líder do governo, José Guimarães (PT-CE), e os líderes Leonardo Picciani (PMDB-RJ) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ) saíram da Casa em direção ao Palácio do Planalto, onde se reunirão com o ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, para decidir como vão se contrapor à manobra.
Revoltado com o adiamento, Guimarães disse que a mudança de data fere a legislação que trata do processo de impeachment de um presidente da República.
"Isso fere o acordo político com os líderes, fere o que está circunscrito na lei. Nós não aceitamos esse tipo de manobra", declarou o líder do governo.
O petista lembrou que os prazos foram acordados com líderes partidários e acusou a oposição de fazer "conluio" com Cunha para alterar a "regra do jogo".
"É uma oposição que não tem voto para fazer o que ele quer e faz esse conluio alterando a regra do jogo para evitar a eleição da comissão hoje. Isso não é razoável", emendou.
Jandira Feghali acusou Cunha e a oposição de ganhar novo prazo para construção de uma chapa avulsa, passando por cima dos demais líderes e protelando a instalação do processo de impeachment.
Ela lembrou que a mudança coincide com o horário da votação no Conselho de Ética do relatório que pede a continuidade do processo disciplinar contra o peemedebista, o que ela classificou de "manobra casuística clara".
"É bom que a gente fique atento às três manobras: adiar a comissão, construir uma chapa avulsa em acordo com a oposição e adiar a reunião do Conselho de Ética onde ele é a pauta", apontou a líder.
O líder do PMDB disse que o processo de impeachment começou de "maneira ruim" com o adiamento e cobrou que os acordos feitos previamente sejam mantidos.
Na entrevista coletiva, Picciani disse que vai manter suas indicações para a comissão, mas ao deixar o Salão Verde, declarou que poderia mudar algumas indicações.
"Essa manobra tem uma consequência mais grave. Ela pode permitir que a comissão indefinidamente não se instale. Isso é grave. Por isso deveria-se prezar pela estabilidade das decisões do colégio de líderes", observou.
Brasília - Líderes governistas abandonaram nesta segunda-feira, 7, a reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e deixaram o gabinete do peemedebista chamando de "malandragem" a decisão de adiar para esta terça-feira, 8, a indicação dos parlamentares que vão integrar a Comissão Especial que vai analisar o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
O líder do governo, José Guimarães (PT-CE), e os líderes Leonardo Picciani (PMDB-RJ) e Jandira Feghali (PCdoB-RJ) saíram da Casa em direção ao Palácio do Planalto, onde se reunirão com o ministro da Secretaria de Governo, Ricardo Berzoini, para decidir como vão se contrapor à manobra.
Revoltado com o adiamento, Guimarães disse que a mudança de data fere a legislação que trata do processo de impeachment de um presidente da República.
"Isso fere o acordo político com os líderes, fere o que está circunscrito na lei. Nós não aceitamos esse tipo de manobra", declarou o líder do governo.
O petista lembrou que os prazos foram acordados com líderes partidários e acusou a oposição de fazer "conluio" com Cunha para alterar a "regra do jogo".
"É uma oposição que não tem voto para fazer o que ele quer e faz esse conluio alterando a regra do jogo para evitar a eleição da comissão hoje. Isso não é razoável", emendou.
Jandira Feghali acusou Cunha e a oposição de ganhar novo prazo para construção de uma chapa avulsa, passando por cima dos demais líderes e protelando a instalação do processo de impeachment.
Ela lembrou que a mudança coincide com o horário da votação no Conselho de Ética do relatório que pede a continuidade do processo disciplinar contra o peemedebista, o que ela classificou de "manobra casuística clara".
"É bom que a gente fique atento às três manobras: adiar a comissão, construir uma chapa avulsa em acordo com a oposição e adiar a reunião do Conselho de Ética onde ele é a pauta", apontou a líder.
O líder do PMDB disse que o processo de impeachment começou de "maneira ruim" com o adiamento e cobrou que os acordos feitos previamente sejam mantidos.
Na entrevista coletiva, Picciani disse que vai manter suas indicações para a comissão, mas ao deixar o Salão Verde, declarou que poderia mudar algumas indicações.
"Essa manobra tem uma consequência mais grave. Ela pode permitir que a comissão indefinidamente não se instale. Isso é grave. Por isso deveria-se prezar pela estabilidade das decisões do colégio de líderes", observou.