LULA: Advogados do petista queriam 55 dias para avaliar denúncia. Magistrado deu só cinco / Ueslei Marcelino/ Reuters
Da Redação
Publicado em 20 de maio de 2016 às 18h51.
Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h52.
O sobrinho depõe
O sobrinho da ex-mulher de Luiz Inácio Lula da Silva, Taiguara Rodrigues, foi levado para depor coercitivamente na manhã desta sexta-feira. Ele é suspeito de ser laranja para Lula em operações que envolvem empreiteiras e o BNDES. A Exergia, empresa de Taiguara, foi contratada pela construtora Odebrecht para trabalhar em obras fora do país, como a modernização da hidrelétrica de Cambambe, em Angola, para a qual a empreiteira havia recebido financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento.
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Mais perto de Lula
O ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki incluiu na investigação contra o ex-presidente Lula provas da relação entre ele e o banqueiro André Esteves. As provas foram baseadas na delação premiada do ex-senador Delcídio do Amaral. Segundo Delcídio, Esteves é um dos principais mantenedores do Instituto Lula. Zavascki afirmou que, por si só, a relação constitui crime, mas é relevante para o contexto das investigações sobre o ex-presidente.
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De olho em 2018
Mesmo com a Polícia Federal e o Ministério Público cada vez mais próximos, Lula disse em uma entrevista à TV venezuelana Telesur que pode ser candidato nas eleições de 2018 “para evitar a destruição das políticas de inclusão social feitas no país”. Mesmo assim, ele afirma que a intenção é trabalhar em cima de um nome mais jovem para a disputa.
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Renan rebate Delcídio
O presidente do Senado, Renan Calheiros, está revoltado com ex-senador Delcídio do Amaral. Por causa da delação de Delcídio, a Procuradoria-Geral da República pediu a abertura de mais um inquérito contra Calheiros, que emitiu uma nota criticando o fato. Para ele, a procuradoria se baseou em “delírios” e “interpretações subjetivas”. O procurador Rodrigo Janot pediu para o STF incluir Calheiros e o ministro do Planejamento Romero Jucá no inquérito que apura a corrupção na construção da hidrelétrica de Belo Monte, no Pará.
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Minha Casa continua?
O ministro das Cidades, Bruno Araújo, anunciou que o programa Minha Casa Minha Vida 3, anunciado por Dilma Rousseff, vai continuar. Mais cedo nesta sexta-feira, Araújo afirmou, em entrevista ao O Estado de S. Paulo, que o programa seria suspenso por 40 dias para reavaliar a meta colocada pelo governo Dilma Rousseff de contratar 2 milhões de moradias até 2018. O ministro disse que a interpretação dada pelo jornal fez com que leitores pensassem que a suspensão seria definitiva e que o programa pode ser aperfeiçoado sem que seja suspenso. O bate-cabeças: durante a tarde, o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, confirmou que as novas contratações do programa estão suspensas por 40 dias.
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Temer e a Cultura
Uma das maiores dores de cabeça do começo da administração Temer é a polêmica em torno da extinção do ministério da Cultura. Depois dos protestos, o presidente interino elevou o cargo que será assumido por Marcelo Calero para secretário especial nacional de Cultura. Na prática, ele tem mais independência na tomada de decisões sobre a área, mas ainda é subordinado ao ministro Mendonça Filho.
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Haddad contra promotor
O prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, acionou a corregedoria do Ministério Público de São Paulo contra o promotor do Patrimônio Público e Social Marcelo Camargo Milani. De acordo com a representação do prefeito, o promotor agiu de maneira diferente em casos similares que envolvem o governo municipal e o do estado. Contra o estado, o promotor deixou expirar o prazo para resposta dado pelo juiz, o que ocasionou no arquivamento do processo. Milani abriu uma ação de improbidade administrativa contra Haddad porque o prefeito usou o dinheiro arrecadado com multas para melhorias no transporte público e vias do município, enquanto a legislação prevê que ele seja usado apenas em educação no trânsito.
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Greve cancelada
Os motoristas de ônibus de São Paulo, que ameaçavam fazer greve na próxima semana, aceitaram o aumento salarial proposto pelos donos das empresas de transporte público e cancelaram a paralisação. O aumento foi de 7,5%, abaixo da inflação do ano passado, que foi de 10,67%. Na terça-feira, os funcionários do Metrô de São Paulo devem parar por 24h depois de não chegarem a um acordo sobre o reajuste salarial com os empresários.