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Maioridade penal foi derrota ao governo, diz autor da emenda

Segundo o líder do PSD, o governo deveria ter liberado a base aliada para a votação, ao invés da de encaminhar voto contrário à redução


	“O governo não deveria ter se posicionado, deveria ter liberado a sua bancada", declarou Rogério Rosso
 (Divulgação/Câmara dos Deputados)

“O governo não deveria ter se posicionado, deveria ter liberado a sua bancada", declarou Rogério Rosso (Divulgação/Câmara dos Deputados)

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Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2015 às 15h25.

Brasília - O líder do PSD na Câmara e autor da emenda aglutinativa que reduz a maioridade de 18 para 16 anos para crimes hediondos, homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte – aprovada ontem (1º) na Câmara dos Deputados – Rogério Rosso, disse hoje (2) que a votação foi uma derrota para o Executivo e criticou a postura do líder do governo na Casa, deputado José Guimarães (PT-CE).

“O encaminhamento do governo foi partidário, não levou em consideração a maioria da base. Era uma votação do foro intimo de cada parlamentar, porém o governo encaminhou ao contrário da grande maioria de sua base ”, criticou Rosso ao sair de uma reunião com o presidente da República em exercício, Michel Temer.

Segundo o líder do PSD, o governo deveria ter liberado a base aliada para a votação, sem encaminhar o voto contrário à redução da maioridade.

“O governo não deveria ter se posicionado, deveria ter liberado a sua bancada, uma vez que grande parte dos partidos da base manifestou-se favorável à redução da maioridade. É uma derrota para o governo”, acrescentou.

A emenda aprovada pela Câmara propõe a redução da maioridade penal, de 18 para 16 anos, nos casos de crimes hediondos (estupro, sequestro, latrocínio, homicídio qualificado e outros), homicídio doloso e lesão corporal seguida de morte.

O texto também prevê a construção de estabelecimentos específicos para que os adolescentes cumpram a pena. A proposta agora será votada em segundo turno na Câmara e, caso seja aprovada, seguirá para o Senado. 

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