Maioria das disputas de 2º turnos em SP será entre partidos de direita
Serão 13 embates de segundo turno com apenas candidatos de direita e centro-direita na disputa
Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 7 de outubro de 2024 às 20h24.
Após o primeiro turno das eleições municipais de 2024, 18 cidades do estado de São Paulo vão definir o nome do próximo prefeito apenas no segundo turno, marcado para o dia 27 de outubro. Entre essas disputas, a maioria será um embate entre candidatos de partidos do Centrão, siglas que dominam o Congresso Nacional, e partidos de direita, como o PL, do ex-presidente Jair Bolsonaro, e o Novo.
Serão 13 embates de segundo turno com apenas candidatos de direita e centro-direita na disputa. As outras cinco eleições que vão para o segundo turno têm um candidato de centro-direita contra um nome da esquerda.
Entre os 645 municípios paulistas, apenas 30 tinham a possibilidade de uma segunda votação para a definição do próximo chefe do executivo municipal. Na comparação com 2020, 16 cidades tiveram segundo turno dos 28 possíveis.
Dos treze partidos presentes no segundo turno no estado, dez são de centro-direita. O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, está em seis disputas, o MDB em cinco, União Brasil em quatro e os Republicanos, do governador do estado Tarcísio de Freitas, também em quatro.
Em Santos, a disputa será entre Rogério Santos (Republicanos) e Rosana Valle (PL), partidos de Tarcísio e Bolsonaro, respectvamente. O ex-presidente já declarou apoio a Rosana, enquanto o governador preferiu não entrar na disputa.
A esquerda tem o PT e o PSOL, com Guilherme Boulos na capital, e o partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em três disputas.
O Solidariedade, um partido de centro-esquerda, tem um ex-petista no segundo turno em Guarulhos, Elói Pietá, que já foi prefeito da cidade quando estava no PT.
2º turno no estado de SP
- São Paulo (SP): Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL)
- Guarulhos (SP): Lucas Sanches (PL) e Elói Pietá (SD)
- São Bernardo do Campo (SP): Marcelo Lima (Podemos) e Alex Manente (Cidadania)
- São José dos Campos (SP): Anderson (PSD) e Eduardo Cury (PL)
- Ribeirão Preto (SP): Ricardo Silva (PSD) e Marco Aurelio (NOVO)
- Santos (SP): Rogério Santos (Republicanos) e Rosana Valle (PL)
- São José do Rio Preto (SP): Cel. Fabio Candido (PL) e Itamar (MDB)
- Diadema (SP): Taka Yamauchi (MDB) e Filippi (PT)
- Jundiaí (SP): Parimoschi (PL) e Gustavo Martinelli (União)
- Mauá (SP): Marcelo Oliveira (PT) e Atila (União)
- Piracicaba (SP): Barjas Negri (PSDB) e Helinho Zanatta (PSD)
- Barueri (SP): Beto Piteri (Republicanos) e Gil Arantes (União)
- Franca (SP): Alexandre Ferreira (MDB) e João Rocha (PL)
- Taubaté (SP): Ortiz Junior (Republicanos) e Sergio Victor (NOVO)
- Guarujá (SP): Farid Madi (Podemos) e Raphael Vitello (PP)
- Limeira (SP): Betinho Neves (MDB) e Murilo Félix (Podemos)
- Taboão da Serra (SP): Engenheiro Daniel (União) e Aprigio (Podemos)
- Sumaré (SP): Henrique do Paraíso (Republicanos) e Willian Souza (PT)
PSD lidera o número de prefeituras no estado
A composição dos partidos no segundo turno reflete o resultado das cidades que já elegeram prefeitos no primeiro turno. O PSD, de Gilberto Kassab, alcançou 203 prefeituras, seguido pelo PL com 102 e pelos Republicanos com 80.
O PSDB, que em 2020 elegeu 180 prefeitos no estado, conseguiu apenas 21 prefeituras em 2024 e vai disputar apenas um segundo turno.
O PT conseguiu três vitórias, apenas uma a mais que em 2020. O partido ainda tem chance de melhorar o desempenho com os embates de segundo turno, mas já acumula derrotas. A cidade de Araraquara, governada por Edinho Silva, aliado próximo de Lula, não terá um candidato no PT a partir de 2025, após a indicada pelo atual prefeito não vencer o pleito.