Rodrigo Maia: "o que a gente quer entender é depois dessa votação qual é o ambiente para votar. Eu acho que a gente precisa recompor a relação da maioria com o PSDB" (Ueslei Marcelino/Reuters)
Reuters
Publicado em 3 de agosto de 2017 às 08h50.
Brasília - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu nesta quarta-feira que a base seja reorganizada para retomar a discussão da reforma da Previdência, e afirmou que o PSDB é decisivo para a aprovação do tema, ainda que não tenha votado inteiramente com o governo na sessão desta quarta que rejeitou denúncia contra o presidente Michel Temer.
Ao defender a necessidade de se retomar a agenda do Congresso, prevendo que a reforma política possa ser votada em aproximadamente duas semanas, Maia admitiu que será preciso muito trabalho do governo para que as mudanças nas regras previdenciárias sejam aprovadas.
"O que a gente quer entender é depois dessa votação qual é o ambiente para votar. Eu acho que a gente precisa recompor a relação da maioria com o PSDB. O PSDB é decisivo na votação das reformas", disse Maia a jornalistas após a votação que barrou a denúncia contra Temer por corrupção passiva.
"Não adianta se enganar. Para ter os 308 (votos necessários para aprovar a Proposta de Emenda à Constituição da reforma previdenciária) sem reorganizar a base, a gente não vai conseguir. O PSDB tem deputados que acreditam na reforma."
O PSDB já vinha dando indicações de que estava rachado e movimento capitaneado por integrantes mais jovens do partido culminou com a apresentação de um pedido de impeachment de Temer. Na votação desta quarta, o líder da bancada, Ricardo Tripoli (SP), orientou os correligionários a votarem a favor da denúncia.
Maia disse ainda que, se for apresentada uma segunda denúncia contra Temer, a Casa adotará o mesmo procedimento que seguiu para a acusação rejeitada nesta noite.