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Maia instalará nova composição do Conselho de Ética nesta semana

O presidente da Câmara negou que a demora para que a nova composição do colegiado tomasse posse esteja relacionada à Lava Jato

Rodrigo Maia: o presidente da Câmara disse que o Conselho de Ética continua trabalhando, tanto que julgou na semana passada o caso do deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de abril de 2017 às 18h32.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou na tarde desta segunda-feira, 10, que vai determinar a instalação do Conselho de Ética nesta semana.

Ele negou que a demora para que a nova composição do colegiado tome posse esteja relacionada aos desdobramentos da Operação Lava Jato.

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"Não está tendo cuidado nenhum, o Conselho de Ética continua trabalhando, tanto que julgou na semana passada o caso do deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ). Não há um prejuízo dos casos que estão em andamento", disse.

PSDB, PSB, PTN e Solidariedade ainda não indicaram seus representantes. O PMDB indicou dois membros da atual formação: Mauro Lopes (MG), que seguirá como titular, e Carlos Marun (MS), que continuará na suplência.

Lopes já foi citado pelo ex-operador João Augusto Henriques por suposto envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras, mas ele nega.

Marun ficou conhecido por liderar a "tropa de choque" do deputado cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) na Casa.

O PMDB indicou para as outras duas vagas de titular Kaio Maniçoba (PE) e João Marcelo Souza (MA), filho do ex-presidente do Conselho de Ética do Senado, João Alberto Souza (MA).

Nas duas vagas restantes de suplente foram indicados Cabuçu Borges (AP) e Carlos Bezerra (MT), este último apontado como possível nome a integrar a lista dos políticos denunciados nas delações premiadas de ex-executivos da Odebrecht.

Dos 21 membros titulares do colegiado, até o momento 15 foram formalizados pelos partidos.

O PP, sigla que também está na mira dos investigadores da Operação Lava Jato, indicou Cacá Leão (BA) e Hiran Gonçalves (RR) como titulares. Covatti Filho (RS) e Ronaldo Carletto (BA) serão suplentes.

O DEM havia indicado Marcos Rogério (RO) como titular, mas decidiu colocá-lo na suplência, abrindo espaço para Elmar Nascimento (BA).

O PTB indicou Sérgio Moraes (RS) - conhecido por ter dito que se lixa para a opinião pública - e o PRB oficializou Ronaldo Martins (CE), na vaga atualmente ocupada pela deputada Tia Eron (PRB-BA), dona do voto que sacramentou o andamento da cassação do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

O PT decidiu manter no conselho os atuais titulares Leo de Brito (AC), Valmir Prascidelli (SP) e Zé Geraldo (PA).

No ano passado, o trio foi alvo de pressão de Cunha para que votasse contra a continuidade do processo por quebra de decoro parlamentar.

O estreante da bancada este ano será o ex-líder Vicentinho (SP), indicado para suplência.

O PR manteve José Carlos Araújo (BA) - atual presidente do conselho - entre os titulares, além de Laerte Bessa (DF), da bancada da bala.

Os suplentes da sigla são Jorginho Mello (SC) e Paulo Freire (SP).

Já o PSD formalizou Sandro Alex (PR), atual vice-presidente, e candidato ao cargo de presidente do conselho. Sandro Alex deve disputar o posto contra Marcos Rogério.

O PDT terá na única vaga de titular Pompeo de Mattos (RS) e Ronaldo Lessa (AL) na suplência.

O PPS, que tinha uma participação combativa no grupo e pró-punição dos representados, perdeu a única titularidade que tinha direito após a redistribuição das vagas entre os partidos.

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