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Maia: Brasil não pode chegar a 2018 com sistema eleitoral atual

Maia disse que defende pessoalmente a adoção da lista fechada nas eleições proporcionais, mas disse que outros modelos também podem ser testados

Maia: o debate sobre a reforma política e sobre um novo sistema eleitoral tem ganhado força em meio às investigações da operação Lava Jato (Lucio Bernardo Jr./Agência Câmara)

Maia: o debate sobre a reforma política e sobre um novo sistema eleitoral tem ganhado força em meio às investigações da operação Lava Jato (Lucio Bernardo Jr./Agência Câmara)

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Reuters

Publicado em 20 de março de 2017 às 15h46.

São Paulo - O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu nesta segunda-feira a necessidade de uma reforma política, e disse que o Brasil não pode chegar às eleições gerais de 2018 com o sistema eleitoral atual.

Maia disse que defende pessoalmente a adoção da lista fechada nas eleições proporcionais, mas disse que outros modelos, como o distrital ou o distrital misto, também podem ser testados no Brasil.

"Eu espero que a gente possa ter um novo sistema eleitoral para o Brasil em 2018. Pode ser a lista pré-ordenada, pode ser o sistema misto alemão... pode ser o distrital. Eu tenho defendido a lista pré-ordenada pelo financiamento público", disse o deputado a jornalistas após discursar na câmara de comércio norte-americana, em São Paulo.

"Mas eu acho que qualquer modelo dos que existem no mundo, não uma invenção brasileira, qualquer um desses que têm dado certo há anos nos Estados Unidos ou na Europa, precisam ser testados no Brasil", defendeu.

"O Brasil não pode entrar na próxima eleição com esse sistema eleitoral do jeito que está".

O debate sobre a reforma política e sobre um novo sistema eleitoral tem ganhado força em meio às investigações da operação Lava Jato.

Críticos da adoção da lista fechada -- aquela em que o eleitor vota no partido e a direção partidária define a ordem dos nomes a serem eleitos caso a sigla seja votada -- apontam que a medida é uma tentativa de caciques da política citados na Lava Jato de garantirem seus mandatos e, consequentemente, a prerrogativa de foro junto ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Na semana passada, o presidente do PMDB e líder do governo no Senado, Romero Jucá (RR), disse que presidentes partidários discutem um fundo de financiamento de campanhas eleitorais com vistas às eleições de 2018.

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