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Mackenzie expulsa aluno que falou em morte de "negraiada" nas eleições

Além da expulsão, Pedro Baleotii também foi desligado do cargo que ocupava em uma empresa de advocacia

Pedro Baleotii: estudante de direito foi expulso do Mackenzie (YouTube/Reprodução)

Pedro Baleotii: estudante de direito foi expulso do Mackenzie (YouTube/Reprodução)

Tamires Vitorio

Tamires Vitorio

Publicado em 10 de janeiro de 2019 às 14h52.

São Paulo — O estudante de direito Pedro Bellintani Baleotii, autor de um vídeo racista, que circulou nas redes sociais durante as eleições de 2018, foi expulso da Universidade Presbiteriana Mackenzie em São Paulo. A informação foi confirmada pela instituição de ensino à reportagem.

Em nota, a faculdade afirmou que "os trâmites institucionais foram cumpridos e o aluno foi expulso". Segundo o texto, ele "receberá todos os documentos quanto aos créditos cumpridos".

A nota reforça ainda que "a instituição não coaduna com atitudes preconceituosas, discriminatórias e que não respeitam os direitos humanos".

O Coletivo Negro Afromack, que organizou um protesto em outubro em represália à atitude do estudante de direito, também se pronunciou sobre o caso.

"Essa é uma vitória de muitas pessoas. Daquelas que tomaram à frente, daquelas que tiveram medo de retaliação, mas, principalmente, de um coletivo que sempre se apoiou e respeitou a democracia", escreveu o coletivo em postagem no Facebook.

O caso

Durante a votação do segundo turno das eleições, Baleotii, de 25 anos, fez uma gravação anunciando que ia votar "armado com faca, pistola, o diabo, louco pra ver um vadio, vagabundo com camiseta vermelha e já matar logo”.

Segundos depois ele vira a câmera para um motoqueiro negro e diz: “essa negraiada vai morrer! Vai morrer! É Capitão!”. Eleitor de Jair Bolsonaro, no vídeo Pedro usava uma camiseta com o rosto do presidente estampado. 

Após a viralização dos vídeos nas redes sociais, o estudante foi demitido do escritório em que atuava como advogado.

À reportagem, uma funcionária confirmou o desligamento do colaborador e afirmou que a demissão foi causada por suas declarações.

 

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