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Lula tenta melhorar relação entre governo e PMDB

O ex-presidente está em Brasília para ajudar Dilma na articulação política


	Dilma Rouseff e Lula: o PMDB, partido que preside a Câmara e o Senado, tem se queixado de estar sendo alijado das principais decisões do governo
 (Paulo Whitaker/Reuters)

Dilma Rouseff e Lula: o PMDB, partido que preside a Câmara e o Senado, tem se queixado de estar sendo alijado das principais decisões do governo (Paulo Whitaker/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 26 de fevereiro de 2015 às 09h18.

Brasília - Para aprovar o ajuste fiscal no Congresso e tentar melhorar a relação do PMDB com o governo Dilma Rousseff, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva participa de um café da manhã nesta quinta-feira, 26, na residência oficial do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

Lula está em Brasília desde a quarta-feira, 25, para ajudar Dilma na articulação política. Ainda ontem, ele foi convidado para um jantar com a bancada do PT no Senado.

O encontro de Lula na casa de Renan contará com a presença de integrantes do PMDB próximos ao presidente do Senado, como o líder do partido na Casa, Eunício Oliveira (CE), e o senador Romero Jucá (RR), atual relator-geral do Orçamento de 2015.

O ex-senador e ex-presidente da República José Sarney também estaria entre os convidados.

O PMDB, partido que preside a Câmara e o Senado, tem se queixado de estar sendo alijado das principais decisões do governo.

A presidente não conta com nenhum integrante do partido em seu núcleo duro, composto por seis ministros do PT.

Os peemedebistas reivindicam que ao menos o vice-presidente da República e presidente do partido, Michel Temer, integre esse núcleo do governo.

Críticas

Anfitrião do café da manhã com Lula, Renan Calheiros tem sido um dos maiores críticos da relação do PMDB com o governo.

Na terça-feira, 24, um dia após participar de um jantar com os ministros da área econômica e o chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, em que foi pedido apoio ao partido para aprovar o pacote fiscal no Congresso, o presidente do Senado reclamou que a coalizão do governo da presidente Dilma Rousseff está "capenga".

Renan cobra uma participação mais ativa do PMDB e exigiu que o governo também se sacrifique no aperto fiscal, não deixando o ônus apenas para o aliado.

Ontem, quando começou a circular a informação de que Lula se reuniria com peemedebistas em Brasília, o presidente do Senado elogiou a entrada do ex-presidente em campo para ajudar nas negociações. Para ele, Lula tem muito a contribuir na relação.

"Claro que tem, sobretudo quem tem experiência, tem muito a colaborar, e é fundamental neste momento ouvir todo mundo e aproveitar a oportunidade para aprimorar essa coalizão de governo", disse Renan.

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