Brasil

Lula se reunirá com Felipe VI e ex-presidente da Espanha

Antes de viajar para Madri, Lula fará uma visita à Alemanha, onde participará amanhã de uma conferência internacional do Partido Social Democrata


	Ex-presidente Lula: ele afirmou que um eventual impeachment de Dilma faz "parte de um processo democrático"
 (Nacho Doce/ Reuters)

Ex-presidente Lula: ele afirmou que um eventual impeachment de Dilma faz "parte de um processo democrático" (Nacho Doce/ Reuters)

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Da Redação

Publicado em 8 de dezembro de 2015 às 13h28.

São Paulo - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reunirá na próxima quinta-feira com o rei da Espanha, Felipe VI, e na sexta-feira participará de um debate com o ex-presidente do governo espanhol Felipe González.

O ex-presidente será recebido por Felipe VI no Palácio Zarzuela. No dia seguinte, participará do fórum "Os desafios emergentes", junto com González e o chefe do grupo de comunicação Prisa, Juan Luis Cebrián, informou hoje o Instituto Lula.

O Instituto Lula tinha afirmado inicialmente que o ex-presidente se reuniria com representantes do Partido Operário Social Espanhol (PSOE) e do Podemos, faltando pouco mais de uma semana para as eleições gerais na Espanha, mas o encontro não foi confirmado.

Antes de viajar para Madri, Lula fará uma visita à Alemanha, onde participará amanhã de uma conferência internacional do Partido Social Democrata (PSD), junto com o presidente do parlamento Europeu, Martin Schulz.

Posteriormente, estará em um encontro da Fundação Friedrich Ebert sobre "Desenvolvimento com inclusão social no Brasil: sucessos e desafios". Depois, se reúne com o vice-chanceler da Alemanha, Sigmar Gabriel.

A viagem de Lula ocorre em um momento que o Brasil atravessa uma grave crise política. Sua sucessora e afilhada política, Dilma Rousseff, está ameaçada por um possível impeachment.

Ontem, Lula se reuniu com representantes da Central Única dos Trabalhadores para discutir a mobilização popular contra os ataques a Dilma. O ex-presidente comparou o Brasil a um "trem descarrilado" e ressaltou que o país não pode permitir um "golpe de estado".

O ex-presidente afirmou que um eventual impeachment de Dilma faz "parte de um processo democrático", mas alegou que se sustenta "no ódio e no preconceito".

A oposição, por outro lado, acredita que as manobras fiscais do governo que baseiam a acusação constituem um crime de responsabilidade, que é uma das causas previstas na Constituição para o impeachment do presidente.

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