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Lula pede maior integração regional na América Latina

O ex-presidente pediu que os países da América Latina vençam a desconfiança entre si e aprofundem a integração regional

Luiz Inácio Lula da Silva (Paulo Fridman/Bloomberg News)
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Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2015 às 19h01.

Buenos Aires - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu nesta quinta-feira que os países da América Latina vençam a desconfiança entre si e aprofundem a integração regional durante o discurso de abertura de uma conferência sobre responsabilidade social, realizada em Buenos Aires.

"Acho que construiremos um bloco tão respeitado como a União Europeia quando tenhamos a grandeza de criar instituições capazes de tomar decisões", disse o ex-presidente brasileiro.

Lula destacou o papel da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) para resolver os protestos e a instabilidade política vivida pela Bolívia em 2008. E disse que a Unasul deve ser, e não a Organização dos Estados Americanos (OEA), o órgão mediador no conflito fronteiriço entre Colômbia e Venezuela.

O ex-presidente destacou a importância continental de uma boa relação entre Argentina e Brasil, citando como exemplo a sintonia entre ambos os países durante seu mandato (2003-2010) e o de Néstor Kirchner (2003-2007).

"Se a Argentina e Brasil estão de acordo, a América Latina caminha bem, mas se a relação não funciona, os latino-americanos tendem a ter mais dificuldades", afirmou.

Lula mostrou seu apoio à Argentina no processo contra os fundos de investimento especulativos em um tribunal de Nova York, no qual o juiz Thomas Griesa condenou o país a pagar US$ 1,3 bilhão mais juros por bônus em moratória desde 2001.

"Quando vejo um juiz americano tomar uma decisão como ele tomou no caso dos fundos abutres, tentando penalizar uma negociação soberana feita pela Argentina, fico pensando em que mundo estamos, (um mundo) que um juiz americano decide o destino de milhões e milhões de argentinos que querem viver tranquilamente", afirmou.

Lula disse que seu plano como presidente foi governar fundamentalmente para melhorar as condições dos mais humildes e destacou que "não existe melhor investimento que traga retorno imediato do que em educação".

"Defini que muito dinheiro em poucas mãos é pobreza, e pouco dinheiro em muitas mãos é riqueza. Acabou o tempo que a filha da empregada doméstica tem que ser também uma empregada doméstica", ressaltou Lula sobre a desigualdade existente na sociedade brasileira, diminuída pelas ações de seu governo para acabar com a pobreza e oferecer melhores oportunidades aos brasileiros.

"Sou o único presidente da história do Brasil que não tem diploma universitário. Mas vou entrar para a história por ser o presidente do Brasil que mais universidades criou", acrescentou Lula, afirmando que, durante seu mandato, 40 milhões de brasileiros passaram da classe média e outros 36 milhões saíram da miséria.

O ex-presidente está em visita à Argentina. Ontem, ele participou da inauguração de uma Unidade de Pronto Atendimento, um modelo de saúde importado do Brasil, ao lado da presidente do país, Cristina Kirchner, e do candidato governista a sucedê-la no cargo, Daniel Scioli, atualmente governador da província de Buenos Aires.

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Buenos Aires - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu nesta quinta-feira que os países da América Latina vençam a desconfiança entre si e aprofundem a integração regional durante o discurso de abertura de uma conferência sobre responsabilidade social, realizada em Buenos Aires.

"Acho que construiremos um bloco tão respeitado como a União Europeia quando tenhamos a grandeza de criar instituições capazes de tomar decisões", disse o ex-presidente brasileiro.

Lula destacou o papel da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) para resolver os protestos e a instabilidade política vivida pela Bolívia em 2008. E disse que a Unasul deve ser, e não a Organização dos Estados Americanos (OEA), o órgão mediador no conflito fronteiriço entre Colômbia e Venezuela.

O ex-presidente destacou a importância continental de uma boa relação entre Argentina e Brasil, citando como exemplo a sintonia entre ambos os países durante seu mandato (2003-2010) e o de Néstor Kirchner (2003-2007).

"Se a Argentina e Brasil estão de acordo, a América Latina caminha bem, mas se a relação não funciona, os latino-americanos tendem a ter mais dificuldades", afirmou.

Lula mostrou seu apoio à Argentina no processo contra os fundos de investimento especulativos em um tribunal de Nova York, no qual o juiz Thomas Griesa condenou o país a pagar US$ 1,3 bilhão mais juros por bônus em moratória desde 2001.

"Quando vejo um juiz americano tomar uma decisão como ele tomou no caso dos fundos abutres, tentando penalizar uma negociação soberana feita pela Argentina, fico pensando em que mundo estamos, (um mundo) que um juiz americano decide o destino de milhões e milhões de argentinos que querem viver tranquilamente", afirmou.

Lula disse que seu plano como presidente foi governar fundamentalmente para melhorar as condições dos mais humildes e destacou que "não existe melhor investimento que traga retorno imediato do que em educação".

"Defini que muito dinheiro em poucas mãos é pobreza, e pouco dinheiro em muitas mãos é riqueza. Acabou o tempo que a filha da empregada doméstica tem que ser também uma empregada doméstica", ressaltou Lula sobre a desigualdade existente na sociedade brasileira, diminuída pelas ações de seu governo para acabar com a pobreza e oferecer melhores oportunidades aos brasileiros.

"Sou o único presidente da história do Brasil que não tem diploma universitário. Mas vou entrar para a história por ser o presidente do Brasil que mais universidades criou", acrescentou Lula, afirmando que, durante seu mandato, 40 milhões de brasileiros passaram da classe média e outros 36 milhões saíram da miséria.

O ex-presidente está em visita à Argentina. Ontem, ele participou da inauguração de uma Unidade de Pronto Atendimento, um modelo de saúde importado do Brasil, ao lado da presidente do país, Cristina Kirchner, e do candidato governista a sucedê-la no cargo, Daniel Scioli, atualmente governador da província de Buenos Aires.

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