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Lula não interferiu em ação do BC contra corrupção, diz Meirelles

A declaração do ministro da Fazenda foi feita durante seu testemunho em defesa do ex-presidente em ação penal da Lava Jato

Lula: Meirelles afirmou que a independência do BC foi respeitada pelo ex-presidente (./Agência Brasil)

Lula: Meirelles afirmou que a independência do BC foi respeitada pelo ex-presidente (./Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 21 de junho de 2017 às 13h38.

Brasília - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta quarta-feira em depoimento ao juiz Sergio Moro que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não interferiu na edição de normas pelo Banco Central que buscaram aprimorar o combate à lavagem de dinheiro, e reiterou que a autoridade monetária agia com independência sob seu comando.

Meirelles foi arrolado como testemunha de defesa de Lula em ação penal que integra a Lava Jato, sobre compra pela Odebrecht de terreno em São Paulo supostamente destinado à construção de uma nova sede para o Instituto Lula.

O ministro foi presidente do BC entre 2003 e 2010, permanecendo à frente da autoridade monetária nos dois mandatos de Lula como presidente da República.

Por meio de videoconferência, Meirelles afirmou que a independência do BC foi respeitada nesse período "na medida em que todas as decisões que foram tomadas pelo Banco Central naquela oportunidade prevaleceram".

Ao ser questionado pela defesa de Lula se o ex-presidente em algum momento interferiu na aplicação de normas, ele negou que isso tenha ocorrido.

"Eu não me lembro sequer de ter conversado sobre isso com ele, francamente. Mas eu não posso afirmar de uma maneira ou de outra que tenha conversado a respeito. Mas certamente não houve interferência", disse.

Em breve participação, Meirelles afirmou ainda que não tinha nenhuma retificação a fazer em relação a outro depoimento dado em março no âmbito da Lava Jato, no caso sobre o recebimento pelo ex-presidente de supostas vantagens da OAS na forma de um apartamento tríplex no Guarujá.

À época, Meirelles afirmou que sua relação com Lula era totalmente focada em assuntos ligados ao BC e que nunca tinha visto ou presenciado "nada que pudesse ser identificado como algo ilícito ou ilegal".

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