Lula diz que terá que fazer varredura no Palácio da Alvorada antes de se mudar
Os interlocutores de Lula ainda mencionaram a necessidade de uma ampla inspeção na residência antes que pudesse ser ocupada pelo presidente eleito
Luiz Inácio Lula da Silva disse que deve ordenar uma varredura antigrampo no Palácio da Alvarada (Horacio Villalobos/Getty Images)
8 de dezembro de 2022, 21h04
O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse a um grupo de deputados do Partido Verde (PV) e do Avante nesta quinta-feira, 8, que deve ordenar uma varredura antigrampo no Palácio da Alvarada, a residência oficial do chefe do Executivo, antes de se mudar para lá no início do ano que vem.
Segundo relato dos parlamentares, o petista também contou que pode ter que despachar do hotel em que está hospedado na capital federal nos primeiros dias de governo, porque a Granja do Torto, tradicionalmente usada para hospedar o presidente eleito durante a transição, segue sendo utilizada como moradia oficial do ministro da Economia, Paulo Guedes.
Os interlocutores de Lula ainda mencionaram a necessidade de uma ampla inspeção na residência antes que pudesse ser ocupada pelo presidente eleito.
Segundo parlamentares que participaram do encontro, Lula teria dito que é um “desrespeito’” do atual governo não ter ordenado a desocupação da Granja do Torto para hospedá-lo. O petista tem conduzido as principais reuniões de articulação política da transição do hotel Meliá, em Brasília, cuja diária de alguns quartos ultrapassa os R$ 5 mil.
O hotel em que Lula se hospeda durante as estadias em Brasília já foi alvo de manifestantes bolsonaristas, que cercaram prédio sob o mote de que não querem que o petista suba a rampa do Palácio do Planalto no dia 1º de janeiro de 2023. A área do hotel conta agora com monitoramento 24 horas da Polícia Militar e teve a entrada principal cercada por grades de proteção.
Ainda segundo os deputados que participaram do encontro, Lula se queixou da possibilidade de ter de conduzir a agenda dos primeiros dias do governo de uma estrutura improvisada, em vez de contar com os palácios do governo.
A mudança para o Palácio da Alvorada não é imediata, pois é necessário que o presidente desocupe o lugar e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e a Polícia Federal (PF) realizem inspeções para que, só então, o sucessor possa ocupar a residência oficial. Em períodos de relação mais amistosa na troca de bastão da administração federal, o governo de plantão cedia a Granja do Torto ao sucessor.
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