Lula diz que Brasil condena qualquer forma de golpe de estado na Bolívia
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores afirma que o governo "manifesta seu apoio e solidariedade ao Presidente Luis Arce e ao Governo e povo bolivianos"
Repórter de Brasil e Economia
Publicado em 26 de junho de 2024 às 18h42.
Última atualização em 26 de junho de 2024 às 18h49.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta quarta-feira, 26, em publicação no X, antigo Twitter, que o Brasil condena "qualquer forma de golpe de Estado na Bolívia " e reafirma o compromisso com o povo e democracia do país.
"A posição do Brasil é clara. Sou um amante da democracia e quero que ela prevaleça em toda a América Latina. Condenamos qualquer forma de golpe de Estado na Bolívia e reafirmamos nosso compromisso com o povo e a democracia no país irmão, presidido por @LuchoXBolivia", escreveu.
O presidente brasileiro vai se reunir no Palácio do Planalto com o o assessor para assuntos internacionais, Celso Amorim, e o chanceler Mauro Vieira para discutir a situação no país vizinho.
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores afirma que o governo "manifesta seu apoio e solidariedade ao Presidente Luis Arce e ao Governo e povo bolivianos" e que condena nos mais fortes termos a tentativa de golpe em curso no país.
"Nesse contexto, [o governo brasileiro] estará em interlocução permanente com as autoridades legítimas bolivianas e com os governos dos demais países da América do Sul no sentido de rechaçar essa grave violação da ordem constitucional na Bolívia e reafirmar seu compromisso com a plena vigência da democracia na região. Esses fatos são incompatíveis com os compromissos da Bolívia perante o MERCOSUL, sob a égide do Protocolo de Ushuaia", disse o comunicado.
Veja as fotos do militares na Bolívia
Assistência aos brasileiros
O Itamaraty também afirmou que está atento a situação dos brasileiros no país e colocou a embaixada em La Paz de prontidão para prestar assistência.
O governo boliviano denunciou na tarde desta quarta-feira que umgeneral do Exército levou tropas à sede do governo, em La Paz, em um movimento que foi classificado de tentativa de golpe de Estado. Segundo o jornal La Razón, militares entraram à força no palácio do governo, comandados pelo general Juan José Zuñiga.
O presidente e o general tiveram uma discussão dentro do palácio, cercados por militares. Arce pediu ao general que se retirasse. Segundo o jornal La Razón, o general saiu do palácio e não respondeu o que iria fazer. Por volta das 18h, as tropas seguiam na praça Murillo, perto da sede do governo.