Lula deve pedir apoio contra tercerização em palanque da CUT
Ex-presidente deve pedir apoio contra a votação no Congresso do projeto que trata da regulamentação da terceirização no país
Da Redação
Publicado em 1 de maio de 2015 às 10h46.
Brasília - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve aproveitar hoje o palanque da Central Única dos Trabalhadores nas comemorações do Primeiro de Maio para pedir apoio contra a votação no Congresso do projeto que trata da regulamentação da terceirização no País.
Um posicionamento firme contra a proposta deverá ser o ponto central do discurso que fará ao lado do presidente nacional do PT, Rui Falcão. A CUT, que é contrária ao projeto, pretende dirigir seus ataques ao Legislativo e ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), entusiasta da proposta. A central é a maior do País e representa 2,3 mil sindicatos.
Já o ato da Força Sindical, segunda maior do País com 1,6 mil sindicatos, não terá o mesmo apelo. A central é favorável ao texto e até participou diretamente das negociações com Cunha. Seu alvo principal será o Executivo federal e o ajuste fiscal da presidente Dilma Rousseff. O próprio Cunha, que é esperado no ato, vai aproveitar para anunciar um projeto que aumenta a capitalização do FGTS dos atuais 3% ao ano para 6% ao ano.
A Força vai repetir seu tradicional evento na praça Campos de Bagatelle, em São Paulo, com sorteios de automóveis e shows de artistas populares. A central entende que essa divisão das centrais será superado após os eventos de hoje.
"Inicialmente, todas as centrais, a CUT inclusive, concordaram com as emendas que nós negociamos no projeto da terceirização. Depois ficaram contrárias. Nós vamos defender o que nós fizemos", disse o presidente da Força, Miguel Torres, que também comanda o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo.
Apesar da ligação com o PT, a CUT vai levar ao Vale do Anhangabaú, centro de São Paulo, um evento "de conflito e protestos, preparando o terreno para uma provável greve geral", disse o presidente da CUT, Vagner Freitas.
"O Brasil vive um momento de retrocessos, com uma pauta conservadora horrível para os trabalhadores, exemplificado pelo projeto da terceirização", disse ele. O presidente da CUT em São Paulo, Adi dos Santos, reforçou o coro: "Levaremos essa tristeza com a agenda conservadora movida por Eduardo Cunha ao Primeiro de Maio. Ele fechou as galerias da Câmara à CUT na votação da terceirização. Seu próximo passo é fechar o Congresso Nacional para todos".
Ao contrário da CUT e da Força, a terceira maior central, a União Geral dos Trabalhadores, que representa 1,2 mil sindicatos, decidiu neste ano não realizar evento algum. "Nada contra sorteios de carros, mas o momento é para debates sobre o nosso futuro", afirmou Ricardo Patah, presidente da UGT e dirigente nacional do PSD.
Brasília - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve aproveitar hoje o palanque da Central Única dos Trabalhadores nas comemorações do Primeiro de Maio para pedir apoio contra a votação no Congresso do projeto que trata da regulamentação da terceirização no País.
Um posicionamento firme contra a proposta deverá ser o ponto central do discurso que fará ao lado do presidente nacional do PT, Rui Falcão. A CUT, que é contrária ao projeto, pretende dirigir seus ataques ao Legislativo e ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), entusiasta da proposta. A central é a maior do País e representa 2,3 mil sindicatos.
Já o ato da Força Sindical, segunda maior do País com 1,6 mil sindicatos, não terá o mesmo apelo. A central é favorável ao texto e até participou diretamente das negociações com Cunha. Seu alvo principal será o Executivo federal e o ajuste fiscal da presidente Dilma Rousseff. O próprio Cunha, que é esperado no ato, vai aproveitar para anunciar um projeto que aumenta a capitalização do FGTS dos atuais 3% ao ano para 6% ao ano.
A Força vai repetir seu tradicional evento na praça Campos de Bagatelle, em São Paulo, com sorteios de automóveis e shows de artistas populares. A central entende que essa divisão das centrais será superado após os eventos de hoje.
"Inicialmente, todas as centrais, a CUT inclusive, concordaram com as emendas que nós negociamos no projeto da terceirização. Depois ficaram contrárias. Nós vamos defender o que nós fizemos", disse o presidente da Força, Miguel Torres, que também comanda o Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo.
Apesar da ligação com o PT, a CUT vai levar ao Vale do Anhangabaú, centro de São Paulo, um evento "de conflito e protestos, preparando o terreno para uma provável greve geral", disse o presidente da CUT, Vagner Freitas.
"O Brasil vive um momento de retrocessos, com uma pauta conservadora horrível para os trabalhadores, exemplificado pelo projeto da terceirização", disse ele. O presidente da CUT em São Paulo, Adi dos Santos, reforçou o coro: "Levaremos essa tristeza com a agenda conservadora movida por Eduardo Cunha ao Primeiro de Maio. Ele fechou as galerias da Câmara à CUT na votação da terceirização. Seu próximo passo é fechar o Congresso Nacional para todos".
Ao contrário da CUT e da Força, a terceira maior central, a União Geral dos Trabalhadores, que representa 1,2 mil sindicatos, decidiu neste ano não realizar evento algum. "Nada contra sorteios de carros, mas o momento é para debates sobre o nosso futuro", afirmou Ricardo Patah, presidente da UGT e dirigente nacional do PSD.