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Lula desiste do Supremo e aumenta esquizofrenia de sua chapa

A defesa do ex-presidente retirou do Supremo seu pedido de soltura pendente, para evitar que a elegibilidade de Lula entre na pauta dos ministros

Haddad e Gleisi Hoffmann: o ex-prefeito de SP e a presidente do PT visitaram Lula na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba na sexta-feira (Rodolfo Buhrer/Reuters)
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EXAME Hoje

Publicado em 6 de agosto de 2018 às 19h00.

Última atualização em 6 de agosto de 2018 às 19h14.

A novela sobre a candidatura do PT ficou um pouco mais definida no domingo, para depois se embaralhar de novo nesta segunda-feira. Ontem, o PT indicou Fernando Haddad como vice de Lula e ainda anunciou uma aliança com o PCdoB, que na prática antecipa uma chapa Haddad-Manuela caso se confirme que Lula está inelegível.

Mas nesta segunda-feira o PT lançou mão de mais um artifício para adiar ao máximo essa definição. Lula retirou do Supremo Tribunal Federal seu pedido de soltura que estava pendente. A lógica é que qualquer tema relacionado a ele neste momento inevitavelmente vai levar a corte a discutir sobre sua elegibilidade.

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A informação foi dada por Haddad e pela senadora Gleisi Hoffmann, que visitaram Lula na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR). Segundo a Folha, Gleisi afirma que Lula abriu mão de sua liberdade pelo compromisso com o país.

Seja como for, a decisão alonga a campanha esquizofrênica que o partido está disposto a levar adiante. Também segundo a Folha, o PT está consultando assessores jurídicos sobre a possibilidade de Haddad representar Lula nos debates eleitorais. Veículos como Bandeirantes, Folha e Globo estariam determinados a não aceitar representantes.

O PCdoB segue afirmando que Manuela será vice na chapa petista qualquer que seja o candidato. O PT deve começar a campanha, portanto, com um candidato preso e dois vices soltos. E todos os três fora dos debates.

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