Lula defende segurança alimentar na África
Reunião em Johanesburgo, que durou mais de uma hora, foi centrada na soberania alimentar no continente africano
Da Redação
Publicado em 16 de novembro de 2012 às 18h10.
Nairóbi - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta sexta-feira a segurança alimentar na África, em reunião em Johanesburgo com o máximo líder sul-africano, Jacob Zuma.
Em conversa por telefone com a Agência Efe, o assessor de imprensa do Instituto Lula, José Chrispiniano, explicou que a reunião, que durou mais de uma hora, foi centrada na soberania alimentar no continente africano.
Durante a primeira escala de uma viagem que o levará também a Moçambique, Etiópia e Índia, Lula falou antes de se reunir com Zuma para empresários sul-africanos, aos quais pediu uma maior associação com a indústria brasileira.
''É uma vergonha que a troca comercial em 2011 entre África do Sul e Brasil tenha sido apenas de três bilhões (de dólares). Especialmente em um momento no qual a crise econômica afeta a Europa e os Estados Unidos'', disse.
''Se esperamos que Europa e EUA se recuperem, eles o farão, mas pensarão primeiro em seus problemas. Nós temos que pensar nos nossos'', afirmou Lula.
De acordo com um comunicado de imprensa distribuído pelo Instituto Lula, o ex-presidente considera que a ''África do Sul, como a maior economia do continente, e Brasil, da América do Sul, podem fazer muito para melhorar as relações entre os dois continentes e também contribuir para o desenvolvimento de países vizinhos com menos recursos''.
Neste sentido, uma das áreas nas quais Lula sugeriu associações entre ambos foi o setor energético, para cumprir as exigências a respeito tanto da África do Sul como do resto do continente.
Lula disse que o Brasil deveria aprender com a experiência da organização da África do Sul na Copa do Mundo de 2010, para usá-la em 2014 em território brasileiro.
Amanhã, o ex-presidente brasileiro deve se reunir com os membros da Fundação Steve Biko, ícone antiapartheid que morreu em custódia policial, e com representantes dos sindicatos sul-africanos, o Cosatu.
No domingo, Lula viajará para Moçambique, onde permanecerá até terça-feira e de onde viaja para a Etiópia para se reunir um dia depois com a presidente da Comissão da União Africana, Nkosazana Dlamini-Zuma, na sede do organismo pan-africano em Adis-Abeba.
Na mesma quarta-feira, Lula segue para a Índia.
Um dos assuntos que Lula deve tratar durante esta viagem é a realização de um congresso sobre soberania alimentar que a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) realizará em março de 2013 com a União Africana.
Essa reunião será patrocinada pelo instituto dirigido por Lula, que também pedirá apoio aos líderes de Moçambique, Etiópia e Índia para essa iniciativa, na qual se buscará uma melhor coordenação dos programas contra a fome na África.
Lula tinha previsto fazer esta viagem no ano passado, mas teve que interrompê-la porque lhe foi diagnosticado um câncer de laringe, cuja cura total foi anunciada pelos médicos.
Nairóbi - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta sexta-feira a segurança alimentar na África, em reunião em Johanesburgo com o máximo líder sul-africano, Jacob Zuma.
Em conversa por telefone com a Agência Efe, o assessor de imprensa do Instituto Lula, José Chrispiniano, explicou que a reunião, que durou mais de uma hora, foi centrada na soberania alimentar no continente africano.
Durante a primeira escala de uma viagem que o levará também a Moçambique, Etiópia e Índia, Lula falou antes de se reunir com Zuma para empresários sul-africanos, aos quais pediu uma maior associação com a indústria brasileira.
''É uma vergonha que a troca comercial em 2011 entre África do Sul e Brasil tenha sido apenas de três bilhões (de dólares). Especialmente em um momento no qual a crise econômica afeta a Europa e os Estados Unidos'', disse.
''Se esperamos que Europa e EUA se recuperem, eles o farão, mas pensarão primeiro em seus problemas. Nós temos que pensar nos nossos'', afirmou Lula.
De acordo com um comunicado de imprensa distribuído pelo Instituto Lula, o ex-presidente considera que a ''África do Sul, como a maior economia do continente, e Brasil, da América do Sul, podem fazer muito para melhorar as relações entre os dois continentes e também contribuir para o desenvolvimento de países vizinhos com menos recursos''.
Neste sentido, uma das áreas nas quais Lula sugeriu associações entre ambos foi o setor energético, para cumprir as exigências a respeito tanto da África do Sul como do resto do continente.
Lula disse que o Brasil deveria aprender com a experiência da organização da África do Sul na Copa do Mundo de 2010, para usá-la em 2014 em território brasileiro.
Amanhã, o ex-presidente brasileiro deve se reunir com os membros da Fundação Steve Biko, ícone antiapartheid que morreu em custódia policial, e com representantes dos sindicatos sul-africanos, o Cosatu.
No domingo, Lula viajará para Moçambique, onde permanecerá até terça-feira e de onde viaja para a Etiópia para se reunir um dia depois com a presidente da Comissão da União Africana, Nkosazana Dlamini-Zuma, na sede do organismo pan-africano em Adis-Abeba.
Na mesma quarta-feira, Lula segue para a Índia.
Um dos assuntos que Lula deve tratar durante esta viagem é a realização de um congresso sobre soberania alimentar que a Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) realizará em março de 2013 com a União Africana.
Essa reunião será patrocinada pelo instituto dirigido por Lula, que também pedirá apoio aos líderes de Moçambique, Etiópia e Índia para essa iniciativa, na qual se buscará uma melhor coordenação dos programas contra a fome na África.
Lula tinha previsto fazer esta viagem no ano passado, mas teve que interrompê-la porque lhe foi diagnosticado um câncer de laringe, cuja cura total foi anunciada pelos médicos.