Lula chega em Curitiba para prestar depoimento a Moro acompanhado da militância - 13/09/2017 (PT/Leandro Tasques/Divulgação)
Valéria Bretas
Publicado em 13 de setembro de 2017 às 14h30.
Última atualização em 13 de setembro de 2017 às 15h05.
São Paulo – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já começou a ser interrogado pelo juiz Sergio Moro na ação penal da Operação Lava Jato em que é réu por supostas propinas da Odebrecht.
De acordo com a Justiça Federal de Curitiba, o depoimento começou pontualmente às 14h desta quarta-feira (13).
Moro vai interrogar o ex-presidente pelo processo em que ele é acusado de ter recebido propina da empreiteira para a compra de um terreno que seria destinado à construção da sede do Instituto Lula e de um apartamento vizinho ao que o petista reside em São Bernardo do Campo.
Essa é a segunda vez que ele e o magistrado ficam cara a cara. Em maio, Lula foi interrogado pelo juiz por outro processo – também no âmbito da Operação Lava Jato – em que é acusado de ter recebido um apartamento tríplex no Guarujá, litoral de São Paulo, como propina da OAS em troca de contratos na Petrobras. Nesta ação, ele foi condenado a nove anos e seis meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Os vídeos com o depoimento de Lula serão disponibilizados via sistema eletrônico logo após o fim do interrogatório. Assim que for divulgado, EXAME.com irá publicá-lo na íntegra.
Manifestações
Em nota, o Partido dos Trabalhadores (PT) informou que um conjunto de representantes de entidades e movimentos sociais, articulados pela Frente Brasil Popular, realizarão um ato de apoio ao ex-presidente na tarde de hoje. A manifestação deve acontecer às 18h no centro de Curitiba e deve contar com a presença de Lula.
Para evitar confrontos, aproximadamente mil policiais militares serão mobilizados para o esquema de segurança. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná (Sesp), também serão deslocados cerca de 500 agentes de segurança — considerando o Corpo de Bombeiros, a Guarda Municipal, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin), entre outros.
O efetivo é mais modesto em relação ao primeiro depoimento do ex-presidente, quando 1,7 mil policiais militares foram mobilizados e mais de três mil agentes de segurança participaram da operação.