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Lula começa a reforçar a campanha de Haddad

O ex-presidente passará parte do dia fazendo gravações de apoio ao candidato petista


	Ana Estela (esposa de Haddad), Fernando Haddad e Lula:  ex-presidente vinha se resguardando da atividade eleitoral por ordens médicas
 (Heinrich Aikawa/Instituto Lula)

Ana Estela (esposa de Haddad), Fernando Haddad e Lula:  ex-presidente vinha se resguardando da atividade eleitoral por ordens médicas (Heinrich Aikawa/Instituto Lula)

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Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2012 às 16h28.

São Paulo - Liberado pelos médicos para subir em palanques, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva começa a encarar nesta terça-feira o desafio de fazer decolar a candidatura de seu ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, à prefeitura de São Paulo. O ex-presidente passará parte do dia fazendo gravações de apoio ao candidato petista. Estacionado em 6% das intenções de voto, segundo a última pesquisa Ibope, Haddad ansiava pela recuperação de Lula, seu padrinho político, para o engajamento na campanha.

O ex-presidente vinha se resguardando da atividade eleitoral por ordens médicas, devido ao tratamento de um câncer na laringe. Na segunda-feira, Lula recebeu o sinal verde dos médicos para entrar nas campanhas petistas. Até ontem, não estava prevista a participação do ex-presidente no corpo a corpo. Isso, no entanto, pode ocorrer nos próximos dias. A campanha do PT providenciou um carro para acomodar Lula de forma confortável em possíveis carreatas. Ele vai participar também de campanhas na Grande São Paulo, especialmente em São Bernardo do Campo, Santo André e Diadema, e no interior do Estado, especialmente em Campinas.

Liberado pelos médicos para viajar, Lula deve ajudar outras candidaturas do PT pelo País. Ontem, ele recebeu a visita do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) José Mucio Monteiro Filho, mas um dos temas do encontro foi a situação eleitoral em Recife. Lula está preocupado com o problema criado pela candidatura de Geraldo Júlio, lançado pelo governador Eduardo Campos (PSB). Embora aliado do PT no âmbito nacional, o governador alegou o conflito interno dos petistas para optar por candidatura própria. É que o prefeito petista João da Costa, embora relegado pelo partido, que lançou o ex-ministro Humberto Costa, insistia em disputar a reeleição.

Lula já conversou a respeito com o governador e vai apoiar Humberto. Ele deve ir a algumas capitais do Nordeste, como Recife e Salvador, em setembro. Ontem, antes de dar uma pausa na agenda para assistir ao jogo da seleção brasileira na Olimpíada, Lula recebeu a visita do seu advogado e compadre, Roberto Teixeira, e do ex-ministro e economista Delfim Netto. "Vim cumprimentar o (ex) presidente e falar mal do Corinthians", desconversou Delfim. O empresário recifense Armando Monteiro Filho, amigo de Lula que participou do encontro, contou que a economia foi um dos assuntos. "O Brasil está no caminho certo, está numa situação magnífica", disse.

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