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Lula admite que Constituição do PT era "radical"

Segundo o ex-presidente, se a Constituição proposta pelo partido tivesse sido aprovada, "o país seria ingovernável"


	O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: Lula citou programas como o "Bolsa Família" como exemplos de políticas de governo que atendem a preceitos constitucionais
 (Ricardo Stuckert/Instituto Lula)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva: Lula citou programas como o "Bolsa Família" como exemplos de políticas de governo que atendem a preceitos constitucionais (Ricardo Stuckert/Instituto Lula)

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Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2013 às 15h22.

Brasília - Durante evento em homenagem aos 25 anos da Constituição Federal de 1988, na sede do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o PT foi acusado injustamente por não ter assinado a Carta Magna.

Em seu discurso, no entanto, o petista lembrou que seu partido entregou propostas para um regimento interno do Congresso e de uma Constituição, mas que tais propostas eram "radicais". "Se tivessem aprovado o nosso regimento e a nossa Constituição, certamente o país seria ingovernável, porque éramos duros na queda", disse Lula.

O ex-presidente ressaltou, ainda, que ao final do processo da Constituinte o PT acabou assumindo a nova Carta. "Nós votamos contra porque queríamos o mais radical", justificou.

Em 30 minutos de discurso, Lula disse que seu governo e o da presidente Dilma Rousseff obedecem o legado social da Constituição brasileira. Ao lado do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), e do senador e ex-presidente José Sarney (PMDB-AP), Lula destacou como maior mérito da Constituição de 1988 a herança social, com a observância dos direitos individuais.

Lula e Temer citaram programas do governo como o "Minha Casa, Minha Vida" e o "Bolsa Família" como exemplos de políticas de governo que atendem aos preceitos constitucionais de direito à alimentação e moradia. "A Constituição estabeleceu uma sociedade de amplos direitos", comentou.

No evento, o presidente da OAB, Marcus Vinícius Furtado Coêlho, defendeu a realização de uma reforma política. "Precisamos de uma reforma política que faça com que o poder econômico e o uso da máquina administrativa não sejam decisivos nas eleições", disse Coêlho.

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