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Livro sobre fim de democracia é o mais vendido da Amazon no Brasil

"O motivo é que os brasileiros estão muito preocupados com sua democracia", disse um dos co-autores do livro, o professor de Harvard Steven Levitsky

Democracia: a obra estabelece critérios para identificar possíveis líderes autocráticos (YouTube/Reprodução)
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Da Redação

Publicado em 23 de outubro de 2018 às 16h34.

Última atualização em 23 de outubro de 2018 às 17h47.

Em meio às eleições presidenciais altamente polêmicas do Brasil, um livro chegou ao topo da lista de best-sellers locais da Amazon: a tradução para o português de “How Democracies Die” (Como as Democracias Morrem).

O livro, divulgado no país no mês passado, estabelece critérios para identificar possíveis líderes autocráticos, bem como a necessidade de normas institucionais para salvaguardar as democracias. Um dos co-autores do livro, um professor de governo da Universidade de Harvard Steven Levitsky, disse que "infelizmente" está vendendo muito bem no Brasil.

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"O motivo é que os brasileiros estão muito preocupados com sua democracia", disse Levitsky, especialista em América Latina que visitou o Brasil em agosto para discutir as perspectivas eleitorais, por telefone de Massachusetts.

-(Amazon/Divulgação)

Ele diz que os brasileiros estão preocupados com Jair Bolsonaro, capitão da reserva de extrema direita que tem nostalgia em relação a era de governo militar e no passado fez comentários de apoio à tortura e execuções extrajudiciais.

Um vídeo do filho de Bolsonaro, Eduardo, criticando o Supremo Tribunal Federal provocou indignação neste fim de semana entre os principais juízes do país. Eduardo se desculpou mais tarde via Twitter, dizendo que não apoia o fechamento do STF e que seus comentários foram exagerados.

O livro foi traduzido do inglês para cerca de uma dúzia de idiomas e só teve popularidade semelhante na Alemanha, onde, por razões históricas, as pessoas não consideram a democracia garantida, disse Levitsky. O Brasil retornou à democracia em 1985 após duas décadas de regime militar.

A campanha de Bolsonaro não respondeu a pedido de comentário.

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