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Lindbergh pede abertura antecipada do inquérito da Lava Jato

Segundo o senador, é preciso que a Procuradoria apresente o quanto antes os nomes dos políticos envolvidos para que haja uma "separação do joio e do trigo"

Lindbergh Farias: ele foi citado por ex-diretor da Petrobras como um dos beneficiários do esquema (Antônio Cruz/ABr)
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Da Redação

Publicado em 19 de dezembro de 2014 às 17h01.

Brasília - Citado pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras como um dos beneficiários do esquema de corrupção envolvendo a estatal, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) entregou nesta sexta-feira uma petição à Procuradoria Geral da República (PGR) pedindo que o órgão acelere a apresentação da lista dos políticos que serão investigados no âmbito da Operação Lava Jato .

"Eu vim pedir à PGR que se acelere esse processo porque o desgaste político é grande a quem não tem nada a ver com esse escândalo com a Petrobras", disse, defendendo-se da menção de seu nome como um dos beneficiados pelo esquema envolvendo a Petrobras.

Segundo ele, é preciso que a Procuradoria apresente o quanto antes os nomes dos políticos envolvidos para que haja uma "separação do joio e do trigo".

O jornal O Estado de S. Paulo publicou na edição desta sexta-feira uma lista com 28 nomes de políticos citados por Costa, entre eles está o nome do senador petista.

O senador alega que não foi citado por envolvimento com o esquema de corrupção da Petrobras, mas sim porque Costa ofereceu ajuda na arrecadação de sua campanha pelo governo do Rio de Janeiro.

Farias disputou o Palácio Guanabara pelo PT, mas acabou derrotado ainda no primeiro turno da corrida eleitoral.

Segundo ele, foram realizados apenas três encontros com o ex-diretor em janeiro deste ano para uma ajuda na elaboração do programa de governo.

Como ele estava com dificuldades para arrecadar fundos, Costa teria se oferecido para entrar em contato com empresas que fariam essas doações.

"A gente discutiu naquele dia sobre conversar com empresas para fazer doações legais para nossa campanha, mas isso não aconteceu porque logo depois ele foi preso", justificou.

Costa foi preso em março deste ano com a deflagração da Operação Lava Jato pela Polícia Federal.

Ele deixou a sede da PF em Curitiba, onde estava detido, no fim de setembro, após firmar um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal em troca de abrandamento da pena.

No depoimento prestado à PF entre agosto e setembro deste ano, ele diz que foi procurado pelo candidato ao governo carioca para pedir que empreiteiras ajudassem na arrecadação de recursos.

Desde o fim de setembro, Costa conquistou a progressão do regime para prisão domiciliar, onde usa uma tornozeleira, como benefício pela contribuição com as investigações.

PGR

Farias foi recebido pelo subprocurador Eduardo Pelella que, segundo o parlamentar, disse que será difícil antecipar a lista dos que serão investigados devido ao recesso do judiciário, que começa na próxima semana.

A expectativa é de que o procurador-geral, Rodrigo Janot, aguarde até o início de fevereiro de 2015 para apresentar a denúncia e o pedido de abertura de inquérito.

A apresentação coincidiria com o início da nova legislatura e, consequentemente, com a perda de foro privilegiado daqueles políticos que foram acusados e não conseguiram se reeleger.

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Brasília - Citado pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras como um dos beneficiários do esquema de corrupção envolvendo a estatal, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) entregou nesta sexta-feira uma petição à Procuradoria Geral da República (PGR) pedindo que o órgão acelere a apresentação da lista dos políticos que serão investigados no âmbito da Operação Lava Jato .

"Eu vim pedir à PGR que se acelere esse processo porque o desgaste político é grande a quem não tem nada a ver com esse escândalo com a Petrobras", disse, defendendo-se da menção de seu nome como um dos beneficiados pelo esquema envolvendo a Petrobras.

Segundo ele, é preciso que a Procuradoria apresente o quanto antes os nomes dos políticos envolvidos para que haja uma "separação do joio e do trigo".

O jornal O Estado de S. Paulo publicou na edição desta sexta-feira uma lista com 28 nomes de políticos citados por Costa, entre eles está o nome do senador petista.

O senador alega que não foi citado por envolvimento com o esquema de corrupção da Petrobras, mas sim porque Costa ofereceu ajuda na arrecadação de sua campanha pelo governo do Rio de Janeiro.

Farias disputou o Palácio Guanabara pelo PT, mas acabou derrotado ainda no primeiro turno da corrida eleitoral.

Segundo ele, foram realizados apenas três encontros com o ex-diretor em janeiro deste ano para uma ajuda na elaboração do programa de governo.

Como ele estava com dificuldades para arrecadar fundos, Costa teria se oferecido para entrar em contato com empresas que fariam essas doações.

"A gente discutiu naquele dia sobre conversar com empresas para fazer doações legais para nossa campanha, mas isso não aconteceu porque logo depois ele foi preso", justificou.

Costa foi preso em março deste ano com a deflagração da Operação Lava Jato pela Polícia Federal.

Ele deixou a sede da PF em Curitiba, onde estava detido, no fim de setembro, após firmar um acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal em troca de abrandamento da pena.

No depoimento prestado à PF entre agosto e setembro deste ano, ele diz que foi procurado pelo candidato ao governo carioca para pedir que empreiteiras ajudassem na arrecadação de recursos.

Desde o fim de setembro, Costa conquistou a progressão do regime para prisão domiciliar, onde usa uma tornozeleira, como benefício pela contribuição com as investigações.

PGR

Farias foi recebido pelo subprocurador Eduardo Pelella que, segundo o parlamentar, disse que será difícil antecipar a lista dos que serão investigados devido ao recesso do judiciário, que começa na próxima semana.

A expectativa é de que o procurador-geral, Rodrigo Janot, aguarde até o início de fevereiro de 2015 para apresentar a denúncia e o pedido de abertura de inquérito.

A apresentação coincidiria com o início da nova legislatura e, consequentemente, com a perda de foro privilegiado daqueles políticos que foram acusados e não conseguiram se reeleger.

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