Líderes cobram negociação do ajuste diretamente com Dilma
Os líderes partidários cobraram que a presidente Dilma Rousseff entre no jogo e negocie diretamente com eles o ajuste fiscal
Da Redação
Publicado em 24 de fevereiro de 2015 às 15h12.
Brasília - Ao reunir os líderes da base no Senado com cinco ministros em um café da manhã, organizado nesta terça-feira, 24, pela Secretaria de Relações Internacionais (SRI), comandada pelo isolado ministro Pepe Vargas, o governo apostou numa reaproximação com "pompa e circunstância" para abafar a rebelião dos aliados.
A conversa amenizou, mas não aplacou os ânimos, de acordo com o relato de um dos líderes ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.
Os líderes partidários cobraram que a presidente Dilma Rousseff entre no jogo e negocie diretamente com eles o ajuste fiscal, que depende da aprovação do Congresso.
"A presidente precisa vir e explicar, negociar o ajuste", disse.
O grupo reconheceu o gesto de reaproximação conduzido pelo Palácio do Planalto, do qual também participaram os ministros Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência), Carlos Gabas (Previdência), Nelson Barbosa (Planejamento) e Manoel Dias (Trabalho).
Não houve constatação técnica das mudanças após o governo apresentar uma cartilha detalhada sobre cada mudança.
Os líderes partidários, contudo, cobraram a presença de Dilma nas conversas.
Eles querem dividir com ela o ônus político das mudanças propostas: novas regras de acesso do seguro-desemprego, abono salarial, pensão por morte, seguro-defeso e auxílio-doença.
As lideranças parlamentares também criticaram a leitura do momento político do país pelo Planalto ao anunciar o ajuste.
"Não houve muita divergência sobre a validade e a importância das medidas. Mas também não houve consenso sobre se este é o momento adequado para votar isso", afirmou o líder ouvido pelo Broadcast.
A avaliação dos líderes, manifestada ao corpo de ministros, foi a de que as mudanças têm peso social elevado e o governo errou ao propô-las em meio à crise na Petrobras, deflagrada pela Operação Lava Jato, conduzida pela Polícia Federal.
Os parlamentares temem acirrar o descontentamento da população com o Congresso com medidas de arrocho fiscal enquanto deputados e senadores são implicados na Lava Jato.
Há uma forte tensão com a expectativa de o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, apresentar ao Supremo Tribunal Federal a lista de políticos envolvidos no esquema de corrupção da Petrobras - o que deve ocorrer em breve.
Brasília - Ao reunir os líderes da base no Senado com cinco ministros em um café da manhã, organizado nesta terça-feira, 24, pela Secretaria de Relações Internacionais (SRI), comandada pelo isolado ministro Pepe Vargas, o governo apostou numa reaproximação com "pompa e circunstância" para abafar a rebelião dos aliados.
A conversa amenizou, mas não aplacou os ânimos, de acordo com o relato de um dos líderes ao Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado.
Os líderes partidários cobraram que a presidente Dilma Rousseff entre no jogo e negocie diretamente com eles o ajuste fiscal, que depende da aprovação do Congresso.
"A presidente precisa vir e explicar, negociar o ajuste", disse.
O grupo reconheceu o gesto de reaproximação conduzido pelo Palácio do Planalto, do qual também participaram os ministros Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência), Carlos Gabas (Previdência), Nelson Barbosa (Planejamento) e Manoel Dias (Trabalho).
Não houve constatação técnica das mudanças após o governo apresentar uma cartilha detalhada sobre cada mudança.
Os líderes partidários, contudo, cobraram a presença de Dilma nas conversas.
Eles querem dividir com ela o ônus político das mudanças propostas: novas regras de acesso do seguro-desemprego, abono salarial, pensão por morte, seguro-defeso e auxílio-doença.
As lideranças parlamentares também criticaram a leitura do momento político do país pelo Planalto ao anunciar o ajuste.
"Não houve muita divergência sobre a validade e a importância das medidas. Mas também não houve consenso sobre se este é o momento adequado para votar isso", afirmou o líder ouvido pelo Broadcast.
A avaliação dos líderes, manifestada ao corpo de ministros, foi a de que as mudanças têm peso social elevado e o governo errou ao propô-las em meio à crise na Petrobras, deflagrada pela Operação Lava Jato, conduzida pela Polícia Federal.
Os parlamentares temem acirrar o descontentamento da população com o Congresso com medidas de arrocho fiscal enquanto deputados e senadores são implicados na Lava Jato.
Há uma forte tensão com a expectativa de o Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, apresentar ao Supremo Tribunal Federal a lista de políticos envolvidos no esquema de corrupção da Petrobras - o que deve ocorrer em breve.