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Líder do PP na Câmara se coloca à disposição do governo Bolsonaro

Ele disse ainda que vai votar as pautas de interesse do Brasil de acordo com as convicções do partido

Deputado Arthur Lira (PP-AL) (Luis Macedo / Câmara dos Deputados/Agência Câmara)

Deputado Arthur Lira (PP-AL) (Luis Macedo / Câmara dos Deputados/Agência Câmara)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de dezembro de 2018 às 22h01.

Brasília - O líder do PP na Câmara, deputado Arthur Lira (AL), disse nesta quarta-feira, 12, que o partido não tem ressentimento por não ter entrado no governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro, e vai votar as pautas de interesse do Brasil de acordo com as convicções do partido.

Bolsonaro e o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, receberam a bancada do PP nesta quarta, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede do governo de transição.

"O partido, como muitos outros que vieram aqui, se coloca à disposição para colocar os seus quadros - seus deputados e deputadas - a discutir e a votar sempre as matérias de interesse do Brasil", disse Lira depois do encontro.

Bolsonaro, que passou quase 20 anos filiado ao PP, não convidou nenhum político do partido para participar do governo. O presidente eleito repete o discurso que fará política de forma diferente, sem "toma-lá-dá-cá" e que vai ouvir as frentes parlamentares mais do que os partidos. Arthur Lira disse que nenhum partido foi convidado oficialmente para compor o governo e isso não incomoda os parlamentares. "Isso não nos incomoda absolutamente, o PP sabe o seu valor."

Até agora, apenas um partido, o PR, declarou oficialmente que irá compor a base do futuro governo no Congresso. Outros, como PSDB, DEM e PDS, sinalizaram apoiar o governo em pautas convergentes.

Lira disse que o partido não decidiu se irá oficializar a formação de uma base de apoio, mas que irá votar junto do governo em matérias de interesse comum. "Não ficou nada definido em relação a isso (compor a base). O partido vai votar as matérias que julgar necessárias e importantes para o País", declarou.

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