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Líder do MTST diz que candidatura é tema para 2018

Sobre sua possível candidatura pelo PSOL, ele disse que temas de 2018 têm de ser tratados somente no ano que vem

MTST ocupa portaria do Ministério da Fazenda em protesto (MTST/Facebook/Reprodução)

MTST ocupa portaria do Ministério da Fazenda em protesto (MTST/Facebook/Reprodução)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de dezembro de 2017 às 16h35.

São Paulo - O líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos, afirmou neste domingo, 10, que é preciso resistência contra os retrocessos ao trabalhador e, principalmente, a nova ofensiva do governo Michel Temer para aprovar a reforma da Previdência.

Sobre sua possível candidatura à Presidência pelo PSOL, ele disse, em entrevista ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado, que temas de 2018 têm de ser tratados somente no ano que vem.

"Não é uma questão de indefinição (sobre sua candidatura pelo PSOL). Isso não está em pauta neste momento. Temas de 2018 têm de ser tratados em 2018", afirmou Boulos.

Segundo ele, neste momento, foco do MTST é enfrentar os "retrocessos aos trabalhadores com resistência". "Essa luta está ocorrendo com muito simbolismo e importância como a questão do acampamento de São Bernardo", destacou.

O mega-acampamento do grupo do MTST em São Bernardo do Campo, que abriga cerca de 7.000 famílias que cobram moradia em um terreno particular no Jardim Planalto, será, conforme ele, um dos destaques de sua fala durante o evento de comemoração que acontece neste domingo, no Largo da Batata, para celebrar os 20 anos do MTST. "Ainda temos um impasse sem solução", ressaltou ele.

Boulos disse que o objetivo de sua explanação, que ocorrerá um pouco antes do show de Caetano Veloso, previsto para começar às 18 horas, é a história do movimento e sua luta por moradia. Há menos de dois meses, o cantor foi impedido de se apresentar para o acampamento do MTST, em São Bernardo, onde prestaria apoio às famílias presentes.

"Vivemos um retrocesso na questão dos direitos, com a retirada de direitos. A reforma trabalhista e a da Previdência é a forma mais escandalosa disso, com o governo comprando votos e, novamente, o Congresso desmoralizado e um presidente sem legitimidade fazendo um balcão de negócios para aprovar medidas antipopulares", avaliou o líder do MTST.

De acordo com Boulos, o evento que comemora os 20 anos do movimento deve reunir políticos, mas não está prevista uma intervenção dos presentes que serão apenas mencionados. Sem citar nomes, ele disse que o foco do ato de hoje é de confraternização. Iniciado por volta das 14 horas, o evento do MTST deve contar, além de Caetano, com a presença de seus convidados Maria Gadú, Péricles e Criolo. Também estão previstos shows de bandas do próprio movimento.

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