Líder do governo questiona propina em campanha de Dilma
O líder do governo, Humberto Costa (PT-PE), minimizou a relação e afirmou que não é possível criminalizar doações feitas oficialmente
Da Redação
Publicado em 7 de abril de 2016 às 13h50.
Brasília - Após delação de executivos da Andrade Gutierrez apontarem dinheiro de propina usado em doações oficiais à campanha da presidente Dilma em 2014, o líder do governo, Humberto Costa (PT-PE), minimizou a relação e afirmou que não é possível criminalizar doações feitas oficialmente.
"Não consigo entender que doações de campanha legais de uma empresa possam corresponder à propina. Se formos criminalizar as doações oficiais, nenhum candidato de 2014 terá a mínima condição de ter suas contas aprovadas", disse o senador.
Na avaliação de Costa, a acusação só tem gravidade se os delatores puderem comprovar que o dinheiro de propina foi doado à campanha de Dilma com o conhecimento e conivência da presidente.
O líder do governo argumentou ainda que a Andrade Gutierrez fez doações em proporções maiores para candidatos de oposição do que para a presidente e que a acusação na delação premiada é uma tentativa de garantir o acordo de leniência.
Para ilustrar seu ponto de vista sobre a dificuldade de questionar doações oficiais e quem de fato recebeu dinheiro advindo de propina, o senador ironizou a situação, sugerindo uma hipótese em que as empresas tivessem duas contas: uma limpa e outra com propina.
"Cada empresa tem uma conta para receber o dinheiro da propina e doar para alguns candidatos, e uma outra conta que são de recursos legais e que ela escolhe dar para os candidatos que ela considera que devam ter esse apoio. Não quero nem fazer essa avaliação, é totalmente inadequada", disse.
Brasília - Após delação de executivos da Andrade Gutierrez apontarem dinheiro de propina usado em doações oficiais à campanha da presidente Dilma em 2014, o líder do governo, Humberto Costa (PT-PE), minimizou a relação e afirmou que não é possível criminalizar doações feitas oficialmente.
"Não consigo entender que doações de campanha legais de uma empresa possam corresponder à propina. Se formos criminalizar as doações oficiais, nenhum candidato de 2014 terá a mínima condição de ter suas contas aprovadas", disse o senador.
Na avaliação de Costa, a acusação só tem gravidade se os delatores puderem comprovar que o dinheiro de propina foi doado à campanha de Dilma com o conhecimento e conivência da presidente.
O líder do governo argumentou ainda que a Andrade Gutierrez fez doações em proporções maiores para candidatos de oposição do que para a presidente e que a acusação na delação premiada é uma tentativa de garantir o acordo de leniência.
Para ilustrar seu ponto de vista sobre a dificuldade de questionar doações oficiais e quem de fato recebeu dinheiro advindo de propina, o senador ironizou a situação, sugerindo uma hipótese em que as empresas tivessem duas contas: uma limpa e outra com propina.
"Cada empresa tem uma conta para receber o dinheiro da propina e doar para alguns candidatos, e uma outra conta que são de recursos legais e que ela escolhe dar para os candidatos que ela considera que devam ter esse apoio. Não quero nem fazer essa avaliação, é totalmente inadequada", disse.