O ministro da Fazenda, Joaquim Levy: a presidente Dilma Rousseff está "convencida de que Levy não dura muito", segundo fonte (Valter Campanato/Agência Brasil)
Da Redação
Publicado em 13 de novembro de 2015 às 18h21.
Brasília - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, seguirá no comando da pasta pelo menos por enquanto em meio à apreciação de matérias orçamentárias no Congresso Nacional, afirmaram três parlamentares com conhecimento sobre o assunto nesta sexta-feira, após rumores renovados de que a substituição do ministro.
Uma das fontes, com forte interlocução no Executivo, disse que a presidente Dilma Rousseff está "convencida de que Levy não dura muito", pois está enfraquecido no Congresso, mas a ideia é que ele ainda responda pela Fazenda durante a apreciação de projetos orçamentários no Congresso.
Levy viajará no sábado para Turquia para acompanhar a agenda de Dilma na reunião do G20.
A presidente viajou nesta sexta-feira. As pressões para a saída de Levy não são novas. Há avaliações no governo de que ele tem "prazo de validade" no cargo, onde deve ficar até o final do ano, no máximo início de 2016, ao mesmo tempo em que crescem as pressões sobre Dilma para escolher o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles para substituí-lo.
"É o PT e o Lula que querem tirar o ministro. Toda semana tem (rumor), vai e volta com mais intensidade", afirmou uma das fontes, acrescentando que "isso é tudo uma forma de enfraquecer o ministro". O ex-presidente tem trabalhado intensamente para colocar Meirelles na Fazenda, por considerar que ele tem mais traquejo político.
A fonte continua acreditando na permanência de Levy até o final do ano no comando da Fazenda, para que veja concluída a aprovação da alteração da meta de superávit primário de 2015, que começa a ser analisada pela Comissão Mista de Orçamento (CMO) na próxima terça-feira.
Mas acrescentou que a permanência no cargo pode ser abreviada por decisão do próprio Levy, em meio à artilharia pesada dos últimos dias. Mais cedo nesta terça-feira, o Valor PRO publicou que a resistência de Dilma ao nome do ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles para assumir a Fazenda havia diminuído, mas que ela não daria carta branca ao sucessor de Levy.