Brasil

Curtas – uma seleção do mais importante no Brasil e no mundo

A Agência Nacional do Petróleo, Gás natural e Biocombustíveis (ANP) vendeu, nesta quinta-feira, três dos quatro blocos ofertados no leilão do pré-sal

IVAN MONTEIRO, PRESIDENTE DA PETROBRAS: leilão do pré-sal é boa notícia em meio ao caos da companhia   (Pilar Olivares/Reuters)

IVAN MONTEIRO, PRESIDENTE DA PETROBRAS: leilão do pré-sal é boa notícia em meio ao caos da companhia (Pilar Olivares/Reuters)

EH

EXAME Hoje

Publicado em 8 de junho de 2018 às 06h34.

Última atualização em 8 de junho de 2018 às 08h10.

Leilão bem-sucedido

A Agência Nacional do Petróleo, Gás natural e Biocombustíveis (ANP) vendeu, nesta quinta-feira, três dos quatro blocos ofertados na 4a Rodada de Partilha da produção do pré-sal. Com a venda, a agência conseguiu arrecadar 3,15 bilhões de reais em bônus, garantindo investimento mínimo de 738 milhões de reais ao país. Das quatro áreas ofertadas, apenas o bloco de Itaimbezinho, no pré-sal da Bacia de Campos, não recebeu oferta. Já o bloco mais procurado, o de Uirapuru, foi arrematado pelo consórcio formado pela portuguesa Petrogal, a norueguesa Statoil e a ExxonMobil que ofereceram 75,49% de óleo-lucro à União — oferta bem superior ao mínimo de 22,18%, com ágio de 240,3%. A Petrobras exerceu o direito de preferência e vai integrar o consórcio vencedor. O investimento previsto é de 246 milhões de reais. Também foram arrematados no leilão de hoje os blocos Dois Irmãos, no pré-sal de Campos, e Três Marias, na Bacia de Santos. O bloco Três Marias recebeu duas ofertas: uma do consórcio formado pela Petrobras, Total e BP Energy e a outro do consórcio entre a Chevron e a Shell. O vencedor foi o consórcio Chevron e Shell, que ofereceu 49,95% do óleo excedente.

Às Sete – um guia rápido para começar seu dia

Leia também estas outras notícias da seção Às Sete e comece o dia bem informado:

Sigilo para Temer

Segundo o jornal O Globo, o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou nesta quinta-feira a quebra de sigilo telefônico do presidente Michel Temer, solicitada pela Polícia Federal (PF) no inquérito que investiga o repasse de 10 milhões de reais da Odebrecht para o MDB. Fachin autorizou a medida contra os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Minas e Energia), alvos da mesma investigação, seguindo o posicionamento da procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Dodge havia se manifestado contra a quebra de sigilo de Temer, mas favorável à dos ministros.

Procuradores pelo impedimento de Gilmar

Dezessete procuradores do Rio de Janeiro encaminharam um pedido à procuradora-geral Raquel Dodge com fatos que “podem configurar eventual suspeição ou impedimento” do ministro Gilmar Mendes para atuar em casos que envolvam o réu Orlando Santos Diniz, preso na Operação Jabuti, no início de maio. A informação é do Estadão. Mendes decretou, na semana passada, o habeas-corpus para Diniz. O empresário, que foi durante cerca de 20 anos presidente da Fecomércio, é acusado de manter antigas relações com o ministro e de ter repassado 50 mil reais em 2016 ao Instituto de Direito Público (IDP), do qual Mendes é sócio-fundador. O pedido dos procuradores menciona patrocínios da federação a várias iniciativas do IDP no Rio e em Lisboa.

“De jeito nenhum”

A pré-candidata da Rede Sustentabilidade à Presidência da República, Marina Silva, afirmou nesta quinta-feira que “de jeito nenhum” será candidata a vice-presidente na chapa de Geraldo Alckmin, do PSDB, na eleição de outubro. Nos últimos dias, tucanos, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o próprio Alckmin, fizeram acenos a Marina e a elogiaram publicamente. Para a ex-ministra, no entanto, partidos como PT e PSDB “precisam de férias”, declarou ela em entrevista à Rádio Jovem Pan. Mais bem colocada que Alckmin nas pesquisas de intenção de voto à Presidência, Marina também descartou ter o tucano como candidato a vice em sua coligação. A líder da Rede quer um companheiro de chapa que lhe seja “complementar”.

OIT: Brasil liberado

A Comissão de Aplicação de Normas da Organização Internacional do Trabalho (OIT), em Genebra (Suíça), concluiu nesta quinta-feira que a reforma trabalhista é compatível com a chamada Convenção 98, que trata do direito à negociação coletiva. A conclusão libera o Brasil da lista de países suspeitos de violações de direitos trabalhistas. Em comunicado ao governo brasileiro, a comissão faz sugestões e solicita informações, propondo o detalhamento e a análise sobre os termos da aplicação dos princípios da “negociação coletiva livre e voluntária na reforma trabalhista”. Também quer informações sobre as “consultas tripartites com os interlocutores sociais a respeito da reforma trabalhista”. O prazo para a elaboração das respostas é de menos de quatro meses. O governo brasileiro terá de criar uma comissão que vai elaborar um relatório e encaminhar à OIT até novembro.

Venezuela negligenciada

A Venezuela está entre os dez países com as piores crises humanitárias negligenciadas do mundo. Segundo um relatório do Conselho Norueguês de Refugiados (NRC, em inglês) publicado nesta quinta-feira, os países com piores iniciativas políticas, sem atenção da imprensa internacional e sem apoio econômico são os com maiores crises humanitárias em 2017 e com a população que mais sofre. Com a Venezuela estão República Democrática do Congo, Sudão do Sul, República Centro-Africana, Burundi, Etiópia, Mianmar, Iêmen e Nigéria. De acordo com o próprio Conselho, os países estão mais do que esquecidos, mas, sim, negligenciados pela comunidade internacional, “indiferente ou sem priorizar” sua situação. A Venezuela entrou para a lista neste ano, pela primeira vez, e é apontada como um país que precisa “cada vez mais de proteção internacional”. O Conselho, juntamente com a Organização Internacional de Migrações (OIM), estima que 1,6 milhão de venezuelanos tenham deixado o país no ano passado em busca de melhores condições de vida.

Índia sem plástico

O governo da Índia anunciou nesta quinta-feira que planeja eliminar até 2022 o uso de artigos plásticos, como copos e sacolas. Segundo o governo, o plano ocorre em meio a uma discussão sobre a utilização e o descarte irregular de plásticos no país. Na semana passada, a região de Taimur Nagar, no subúrbio da capital, Nova Délhi, enfrentou uma enxurrada de sacolas plásticas, embalagens de alimentos e outros restos plásticos. Estima-se que a geração de lixo na Índia some 25 000 toneladas a cada ano, sendo que 60% desse volume é reciclado. Para o primeiro-ministro, Narendra Modi, o desenvolvimento econômico da Índia pode ser feito de forma sustentável e ecologicamente correta. “É dever de cada um de nós assegurar que a busca pela prosperidade material não comprometa nosso meio ambiente”, disse Modi. Na semana passada, a Comissão Europeia apresentou novas regras para reduzir e até mesmo banir dez produtos plásticos descartáveis, que representam 70% dos resíduos mais encontrados nas praias e nos mares da Europa, além de restos de equipamentos de pesca, como redes.

Doença misteriosa em diplomatas dos EUA

O Departamento de Estado dos Estados Unidos exigiu, nesta quinta-feira, a retirada de diplomatas americanos na China por causa de uma doença misteriosa. Segundo um porta-voz do Departamento de Estado, um funcionário do governo “sofreu um incidente médico” na cidade de Guangzhou, alertando o país para uma doença que se parecia com a lesão cerebral e que já afetou funcionários dos EUA em Cuba no ano passado. O jornal americano The New York Times noticiou que o Departamento de Estado retirou pelo menos dois americanos que adoeceram depois de ouvir barulhos estranhos na China. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Hua Chunying, afirmou, também nesta quinta-feira, que o governo não tinha feito nenhum contato formal com autoridades dos Estados Unidos sobre um caso novo e que havia investigado um incidente inicial.

Argentina assina acordo com o FMI

O governo argentino anunciou nesta quinta-feira que concluiu um financiamento de 50 bilhões de dólares com Fundo Monetário Internacional (Fundo Monetário Internacional). É o maior empréstimo já negociado pelo país com o Fundo e o vigésimo sétimo em 60 anos e valerá por três anos, ou mais do que o mandato atual de Macri, que se encerra no fim de 2019. O governo afirma que o acordo, que fixa metas para a inflação e limita ações para conter o câmbio, era necessário para superar a volatilidade do mercado internacional. Sete em cada dez argentinos eram contrários a um novo aporte do FMI.

Acompanhe tudo sobre:Às SeteExame Hoje

Mais de Brasil

Governo cria sistema de emissão de carteira nacional da pessoa com TEA

Governo de SP usará drones para estimar número de morte de peixes após contaminação de rios

8/1: Dobra número de investigados por atos golpistas que pediram refúgio na Argentina, estima PF

PEC que anistia partidos só deve ser votada em agosto no Senado

Mais na Exame