Lei que impede revista íntima em SP é sancionada
Com sanção de Alckmin, prisões estão proibidas de submeter os visitantes a procedimentos invasivos
Da Redação
Publicado em 13 de agosto de 2014 às 21h37.
São Paulo - A lei que impede a revista íntima no sistema penitenciário de São Paulo foi sancionada nesta quarta-feira, 13, pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB).
Com 190 mil presos em São Paulo, os familiares sofriam com humilhações nos dias de visita. A partir de agora, as prisões estão proibidas de submeter os visitantes a procedimentos invasivos.
A revista havia sido adotada nos presídios sob a justificativa de impedir a entrada de objetos como armas, drogas e celulares. O governo tem até 180 dias para regulamentar a lei por meio de um decreto.
Um dos pontos citados na lei é a substituição da revista íntima manual por equipamentos como scanners corporais ou aparelhos de raio X.
"Sei que há estruturas antigas que podem acabar prejudicando a adaptação, mas, pelas informações que temos, essa questão nunca foi um problema. A demora foi apenas política", afirma Rafael Custódio, coordenador do Programa de Justiça da Conectas (organização internacional de direitos humanos).
Conforme o governo, a substituição precisa passar por aprovação de orçamento.