PF: às 14h30, deve haver uma coletiva de imprensa apresentando os resultados conseguidos até aqui (Ueslei Marcelino/Reuters)
Da Redação
Publicado em 16 de março de 2018 às 06h35.
Última atualização em 16 de março de 2018 às 07h31.
A Lava Jato completa quatro anos de sua primeira operação nesta sexta-feira. Procuradores da República, incluindo a Procuradora-Geral, Raquel Dodge, estarão hoje em Porto Alegre, numa reunião de trabalho das forças-tarefa das três instâncias do Ministério Público Federal que atuam na Operação Lava Jato.
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Às 14h30, deve haver uma coletiva de imprensa apresentando os resultados conseguidos até aqui – Dodge deve falar com a imprensa pela manhã porque tem compromissos em outros estados ao longo do dia.
Nesse tempo, a operação fixou acordos de delação premiada que devem devolver 11,5 bilhões de reais para os cofres públicos. Desse total, 759 milhões já foram devolvidos aos cofres públicos e 3,2 bilhões de reais correspondem aos bens dos réus bloqueados.
Além disso, levou para a cadeia personagens influentes da política e da economia do país, como o ex-governador do Rio de Janeiro Sergio Cabral (MDB), o empreiteiro Marcelo Odebrecht, o ex-senador Delcídio Amaral e o ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha.
O ex-presidente Lula (PT) pode ser o próximo da lista. Já foi condenado na segunda instância e, na expectativa dos próprios petistas, pode ser preso ainda em março.
A operação também se estendeu para outros países e está mais adiantada no Peru, onde por coincidência também hoje o presidente Pedro Pablo Kuczynski deve responder às perguntas feitas pela Polícia Federal brasileira. Por causa do escândalo, Kuczynski pode perder o mandato.
O Congresso peruano aprovou ontem a abertura do segundo processo de impeachment contra ele. Na primeira vez Kuczynski se salvou após acertar com a oposição um polêmico indulto natalino ao ex-presidente Alberto Fujimori.
Kuczynski foi delatado pelo ex-diretor da Odebrecht no Peru, Jorge Barata, que afirmou que a empreiteira financiou as campanhas eleitorais do presidente peruano e dos ex-mandatários Ollanta Humala, Alan García e Alejandro Toledo, e de políticos como Keiko Fujimori, filha de Alberto, e Susana Villarán, então prefeita de Lima em 2013.
Se a Lava Jato chega aos quatro anos perto de seu gran finale no Brasil, nos países vizinhos os desdobramentos da operação ainda podem cortar muitas cabeças.