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Kátia Abreu se fortalece para ocupar Casa Civil

Kátia está sendo cada vez mais pressionada pelo PMDB e mesmo pelo PT a substituir Aloizio Mercadante (PT) na Casa Civil


	Reformas: Kátia Abreu está sendo cada vez mais pressionada pelo PMDB e mesmo pelo PT a substituir Aloizio Mercadante (PT) na Casa Civil
 (Antonio Cruz/ABr)

Reformas: Kátia Abreu está sendo cada vez mais pressionada pelo PMDB e mesmo pelo PT a substituir Aloizio Mercadante (PT) na Casa Civil (Antonio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2015 às 09h13.

Brasília - Diante das resistências para aprovar o pacote fiscal, a presidente Dilma Rousseff vai mexer no "núcleo duro" do governo e reforçar a articulação política com o Congresso.

A estratégia prevê o fortalecimento da Secretaria-Geral da Presidência, que hoje cuida dos movimentos sociais, e a volta de Ricardo Berzoini, atual ministro das Comunicações, para fazer a "ponte" entre o Palácio do Planalto e o Congresso.

Interlocutores de Dilma disseram à reportagem que ela está sendo cada vez mais pressionada pelo PMDB e mesmo pelo PT a substituir Aloizio Mercadante (PT) na Casa Civil.

Apesar de ser o homem de confiança de Dilma, Mercadante coleciona atritos no Senado e na Câmara.

Em conversas reservadas, o nome que voltou a ser citado para a Casa Civil é o da ministra da Agricultura, Katia Abreu (PMDB). Dilma, porém, ainda não bateu o martelo sobre essa troca.

Preocupado com os desdobramentos da crise, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai desembarcar nesta quinta-feira, 17, em Brasília e, mais uma vez, aconselhará Dilma a convocar o titular da Defesa, Jaques Wagner (PT), para a Casa Civil.

Governadores

Na segunda-feira, governadores da base aliada que se reuniram com a presidente pediram mudanças urgentes na articulação política do governo com o Congresso.

Alegaram que, diante do agravamento da crise política e econômica, Dilma não aprovará as medidas para reequilibrar as contas públicas se não mexer no coração do governo.

A maior cobrança partiu dos governadores Tião Viana (AC) e Wellington Dias (PI), ambos do PT. Mais tarde, pelo menos dois parlamentares do PT com expressão no Congresso chegaram a dizer a Dilma que, se ela não fizer alguma coisa, seu mandato corre sério risco.

A avaliação do Planalto é de que a mudança no núcleo do governo não é suficiente para aprovar remédios amargos, como uma nova versão da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) ou o congelamento do reajuste salarial do funcionalismo, mas pode ajudar nas negociações.

Trânsito

Berzoini já foi ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais (SRI), no primeiro mandato de Dilma. Ex-presidente do PT, ex-deputado e com bom trânsito com o Congresso, ele trabalhará com o assessor especial da Presidência, Giles Azevedo.

O modelo da reforma administrativa ainda não está fechado, mas Dilma já anunciou que cortará dez dos 39 ministérios, com uma economia estimada em R$ 200 milhões.

Uma das ideias é que a articulação política seja transferida para a Secretaria-Geral da Presidência, com Berzoini à frente da pasta. Hoje, a Secretaria-Geral é dirigida pelo ministro Miguel Rossetto.

A verba de publicidade sairá da Secretaria de Comunicação Social (Secom) e migrará para a Secretaria-Geral. Se Berzoini não for para a pasta, o ministro-chefe da Secom, Edinho Silva, pode ser deslocado para lá.

Nesse xadrez, Dilma ainda avalia se a SRI será extinta ou se ficará sob o guarda-chuva da Secretaria-Geral.

Os ministérios de Previdência e Trabalho devem ser juntados. O plano é unir, ainda, as pastas de Agricultura e Pesca, além de Desenvolvimento Social com Desenvolvimento Agrário.

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