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Kaefer: Temer diz que vida continua e tem agenda amanhã às 8h

Desde pouco depois das 19h30, quando foi publicada notícia sobre gravação da conversa de Temer com presidente da JBS, a incerteza tomou conta do Planalto

Temer: o presidente deixou o Palácio do Planalto depois às 22h25, quando ocorria uma manifestação pedindo a sua saída do governo (Ueslei Marcelino/Reuters/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de maio de 2017 às 23h40.

Brasília - "A vida continua e, como sempre, tenho agenda amanhã às oito horas", disse o presidente Michel Temer, aos parlamentares e ministros que se reuniam com ele, no Palácio do Planalto, segundo contou o deputado Alfredo Kaefer (PSL-PR), que participou do encontro e lhe prestou solidariedade.

Temer, que estava "tranquilo", de acordo com o deputado, agradeceu o apoio de todos e emendou: "vida que segue".

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Desde pouco depois das 19h30, quando foi publicada a primeira notícia sobre a gravação da conversa do Temer com o presidente da JBS, na qual o presidente da República teria endossado o pagamento de uma mesada para o ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha se manter calado, a incerteza e perplexidade tomou conta do Planalto.

Nove deputados que já chegavam no terceiro andar do palácio para uma reunião com Temer foram dispensados, com cancelamento do encontro.

Mas alguns permaneceram para cumprimentar o presidente e lhe prestar apoio. Foi o caso de Alfredo Kaefer.

O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), que é o responsável pela aceitação ou não do pedido de impeachment de Temer, já apresentado no Congresso, logo chegou ao Planalto e ficou com Temer pelo menos até às 22 horas, quando deixou o Planalto e a reunião com os parlamentares e ministros foi encerrada.

Deputados ligados à reforma da Previdência, como Carlos Marum (PMDB-MS), Arthur Maia (PPS-BA) e os líderes Lelo Coimbra (PMDB-ES) e Agnaldo Ribeiro (PP-PB), entre outros, também estiveram com Temer.

O clima era de consternação e um entra e sai tomou conta do terceiro andar do Planalto. Temer deixou o Palácio do Planalto depois às 22h25, quando ocorria uma manifestação pedindo a sua saída do governo. O presidente não viu o protesto.

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