Brasil

Juventude do papa fez-se ouvir com força em Copacabana

Quatro horas antes da chegada do papa, todos os acessos de Copacabana foram bloqueados e o metrô começou a liberar uma imensa multidão que tomou o bairro

O papa Francisco participa da Festa da Acolhida, na orla de Copacabana
 (Fernando Frazão/ABr)

O papa Francisco participa da Festa da Acolhida, na orla de Copacabana (Fernando Frazão/ABr)

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Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2013 às 22h21.

Rio de Janeiro - Quatro horas antes da chegada do papa Francisco, todos os acessos de Copacabana foram bloqueados ao trânsito e o metrô começou a liberar uma imensa multidão que tomou o bairro do Rio de Janeiro aos gritos de "Esta é a juventude do papa".

Às cinco da tarde, quando o pontífice iniciou seu percurso de papamóvel desde o Forte de Copacabana até o palco em que cumprimentaria os jovens, os organizadores anunciaram que já havia um milhão de pessoas na praia mais famosa do Brasil.

Mas a essa hora o metrô continuava a liberar grandes grupos de diferentes nacionalidades que se juntavam aos que esperavam desde muito cedo para escolher os melhores lugares e que resistiam à chuva com capas plásticas.

Às seis da tarde, já no gigantesco palco montado no meio da praia, o pontífice se surpreendeu ao ver a imensa multidão que desafiava um frio incomum no Rio de Janeiro para vê-lo e que não deixava espaços na praia.

"Vocês estão mostrando que a fé é mais forte que o frio e a chuva. Felicitações. Vocês são uns verdadeiros guerreiros", afirmou Francisco antes de receber uma ovação que foi escutado ao longo dos quatro quilômetros da praia.

Foi o primeiro encontro grande do pontífice com os cariocas e os 350 mil jovens de todo o mundo que se inscreveram formalmente na JMJ, que vai até domingo, quando o papa voltará a Copacabana para celebrar uma missa campal.

Ao contrário de uma cerimônia religiosa, esse primeiro encontro mais parecia uma festa ou uma partida ao que todos chegam em grupos, com bandeiras e cores que deixam claro seu países de origem, sem dissimular a felicidade, e até com instrumentos musicais.

E o grande objetivo era ver ou estar perto de Francisco.


"Quando vínhamos para cá tínhamos a grande esperança (de ver o papa). Fizemos muitas coisas no Brasil que todos gostaram, mas esperávamos este momento com grande alegria", disse à Agência Efe Juan Carlos Navarro, um espanhol que chegou ao Rio de Janeiro junto com outros 12.

A alegria era palpável já no metrô, repleto de jovens que falavam entre si sem se conhecer, cumprimentavam a entrada de mais pessoas, cantavam em vários idiomas e não deixavam de repetir "Esta é a juventude do papa".

O clima de fraternidade entre grupos diferentes se expandiu rapidamente pelas ruas de Copacabana em direção à praia, fechadas para os carros mas abertas para a multidão.

Um grupo de angolanos passou pelo passeio de Copacabana arrastando uma multidão com seus tambores, seus cantos e suas danças, assim como fizeram diferentes grupos brasileiros equipados com seus tradicionais instrumentos musicais.

Durante toda a tarde o calçadão foi cruzado de lado e lado por extensos cordões de pessoas de mãos dadas para não se perderem, que eram liderados por um líder com a bandeira do país de que procediam ou por um religioso de batina, e que buscavam um lugar estratégico para ver o papamóvel ou próximo a um dos gigantescos telões de televisão que transmitiram o evento.

Apesar de se tratar de pessoas desconhecidas, alguns se juntavam para tirar fotografias com determinada bandeira, para brincar, para cantar e até para dançar ao ritmo de canções de rock, rap e dos grupos musicais que se apresentaram no camarote antes e depois da passagem do pontífice.

No meio dessa festa os gritos só se juntavam à passagem de um papamóvel equipado com luzes internas para destacar a figura do pontífice ou quando o locutor oficial pedia vivas a Francisco.

"Foi uma emoção muito forte ver o papa pela primeira vez tão de perto. Ele transmite essa verdadeira paz. Pela televisão, de longe, já a transmite, mas de perto é muito forte", disse à Efe a brasileira Rosinha Fernandes, ao justificar seus gritos de histeria.

"É um pastor que nos congrega, nos une e nos enche de muita paz e alegria. É o amor de Deus visto em uma pessoa", acrescentou um argentino acompanhado por 20 compatriotas e que só se identificou como membro de um grupo de ação católica da Santa Fé, orgulhoso de que "o senhor tenha chamado um argentino" para ser seu principal pastor.

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