Sandoval Cardoso: a Operação Ápia investiga direcionamento de licitações e fraudes em contratos de obras de rodovias no Tocantins (Divulgação/Facebook oficial Sandoval Cardoso)
Da Redação
Publicado em 14 de outubro de 2016 às 21h35.
São Paulo - O ex-governador do Tocantins Sandoval Cardoso (SD) foi ouvido nesta sexta-feira, 14, em audiência de custódia na Justiça Federal e teve a prisão temporária mantida na Operação Ápia.
Além de Sandoval, a Justiça ouviu desde as 9 horas outros 13 presos. Todos permaneceram custodiados e os pedidos de revogação das prisões foram negados.
A Operação Ápia investiga direcionamento de licitações e fraudes em contratos de obras de rodovias no Tocantins, envolvendo pelo menos 7 empreiteiras que receberam R$ 1,2 bilhão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
O desvio pode alcançar entre R$ 200 milhões e R$ 250 milhões, estimam os investigadores.
Após as audiências de custódia, todos os acusados retornaram para a Casa de Prisão Provisória de Palmas (CPP), onde continuarão cumprindo o prazo legal de cinco dias de reclusão.
Outros dois acusados, que já estão sob custódia da Polícia Federal, também serão ouvidos pela Justiça Federal.
Outro ex-governador do Estado, Siqueira Campos (ex-PSDB), também é investigado - ele foi conduzido coercitivamente para depor na PF.
Sandoval Cardoso teve a prisão temporária decretada por cinco dias. O ex-governador apresentou-se à PF no início da noite de quinta-feira, 13. Durante cerca de três horas ele depôs, acompanhado de seu advogado.
"Eu não licitei nenhuma obra, eu executei", disse Sandoval, segundo o Jornal do Tocantins, ainda na saída do Instituto Médico Legal de Palmas, onde passou por exames na quinta à noite.