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Justiça manda soltar manifestantes presos durante protesto

Rafael Lusvarghi, de 26 anos, e o servidor da USP Fábio Hideki Harano, de 23 anos, foram detidos no dia 23 de junho, na capital paulista

Protestos no Brasil: Justiça mandou soltar manifestantes presos na cidade de São Paulo (Reprodução)
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Da Redação

Publicado em 7 de agosto de 2014 às 17h15.

São Paulo - O juiz Marcelo Matias Pereira, da 10ª Vara Criminal Central, determinou hoje (7) a soltura do professor Rafael Lusvarghi, de 26 anos, e do servidor do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo ( USP ) Fábio Hideki Harano, de 23 anos, que foram detidos , no dia 23 de junho, na capital paulista, em uma manifestação contra a Copa do Mundo.

Eles estavam presos por porte de material explosivo, entre outras acusações. Lusvarghi ocupa uma cela na carceragem do 8º Distrito Policial, no centro de São Paulo, e Hideki está na Penitenciária de Tremembé, a 150 quilômetros da capital paulista. Os dois sempre negaram portar qualquer material explosivo durante o protesto.

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Com base no inquérito policial, o Ministério Público havia denunciado Lusvarghi por incitação ao crime, associação criminosa armada, resistência e posse de artefato explosivo. A pena mínima para esses crimes é 14 anos e seis meses de prisão. Harano foi denunciado por incitação ao crime, associação criminosa armada, desobediência e posse de artefato explosivo. Se condenado, a pena pode chegar a 13 anos de prisão.

No início desta semana, um laudo do Instituto de Criminalística e do Grupo de Ações Táticas Especiais da Polícia Militar de São Paulo revelou que os objetos encontrados com Lusvarghi e Harano durante a manifestação e que motivaram a prisão de ambos não eram explosivos, nem inflamáveis.

“No que concerne aos pedidos de revogação da prisão preventiva dos acusados, formulados pela defesa, é forçoso concluir que a acusação restou sobremaneira fragilizada, na medida em que ficou demonstrado que os acusados não portavam qualquer artefato explosivo ou incendiário”, disse o magistrado, em sua decisão.

Os manifestantes, no entanto, ainda responderão ao processo.

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