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Justiça libera 5 presos preventivamente em caso de Angra 3

A operação Pripyat estudou as obras civis de Angra 3, a cargo da Andrade Gutierrez

Angra 3: supostos desvios ocorreram nas obras da usina termonuclear (Eletronuclear/Divulgação)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de abril de 2017 às 15h40.

Rio - Cinco suspeitos presos preventivamente na Operação Pripyat, deflagrada pela força-tarefa da Lava Jato em julho do ano passado, foram soltos neste sábado no Rio de Janeiro .

Segundo a Secretaria Estadual de Administração Penitenciária, os presos deixaram a Cadeia Pública Pedrolino Werling de Oliveira, no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, zona oeste do Rio, pela manhã. Luiz Antonio de Amorim Soares, Edno Negrini, Persio José Gomes Jordani, Luiz Manuel Amaral Messias e José Eduardo Brayner Costa Mattos eram executivos de alto escalão da Eletronuclear.

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A Operação Pripyat (referência a uma cidade da Ucrânia, abandonada após o acidente da usina de Chernobil em 1986) foi um desdobramento da Radioatividade, 16ª fase da Lava Jato, deflagrada em julho de 2015.

A Radioatividade levou à cadeia o vice-almirante reformado Othon Luiz Pinheiro da Silva, ex-presidente da Eletronuclear, por suspeitas de desvios nas obras da usina termonuclear Angra 3, investimento de R$ 17 bilhões no litoral sul do Rio. A Pripyat estudou as obras civis de Angra 3, a cargo da Andrade Gutierrez.

Na operação Radioatividade, Othon passou à prisão domiciliar, mas voltou a ser preso na Pripyat. A operação do ano passado prendeu dez pessoas acusadas de desviar recursos de Angra 3.

Segundo as investigações da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, o alto escalão da estatal recebeu R$ 26,4 milhões em propina. Othon teria ficado com R$ 12 milhões, R$ 4,5 milhões mapeados na Radioatividade.

As investigações apontaram também que Othon seguiria exercendo influência na Eletronuclear mesmo após a prisão domiciliar. A operação policial ainda mostrou que executivos de alto escalão atuariam para atrapalhar a apuração.

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