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Justiça adia julgamento de ex-PMs acusados de execução em Sumaré

Os ex-policiais são acusados de assassinar o menino Matheus Alves dos Santos, em 2014. O adiamento foi pedido pelo Ministério Público e pela defesa

Polícia Militar: o adiamento foi pedido tanto pelo Ministério Público quanto pela defesa dos réus (Tomaz Silva/Agência Brasil)
AB

Agência Brasil

Publicado em 6 de abril de 2017 às 16h51.

A Justiça do Rio adiou para 25 de maio o júri dos dois ex-policiais militares acusados de executar o menino Matheus Alves dos Santos, no Morro do Sumaré, zona norte do Rio de Janeiro, em 2014.

O adiamento foi pedido tanto pelo Ministério Público quanto pela defesa dos réus, porque o vídeo feito dentro da viatura policial - e que é uma das principais provas - estava com más condições técnicas e poderia prejudicar o entendimento por parte dos jurados.

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Para o júri do dia 25 de maio serão colocadas legendas no vídeo.

No dia do crime, os cabos Vinícius Lima Vieira e Fábio Magalhães Ferreira faziam buscas no centro do Rio, atrás de dois adolescentes que cometiam furtos na região.

Matheus e outros dois jovens foram apreendidos e levados pelos policiais para o alto do Morro do Sumaré.

Um dos jovens foi liberado no caminho, mas Matheus e o outro jovem foram baleados.

Matheus levou um tiro na cabeça e morreu na hora.

O outro menino só sobreviveu porque se fingiu de morto.

Os dois policiais foram expulsos da corporação.

O caso

Matheus Alves dos Santos, de 14 anos, e outro adolescente foram detidos no dia 11 de janeiro de 2011, quando praticavam assaltos na Avenida Presidente Vargas, região central da cidade.

Os garotos não foram encaminhados à Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente, que trata dos crimes envolvendo menores.

O menino que acompanhava Matheus contou à polícia que rodaram por cerca de uma hora no carro da polícia e foram levados para o alto do Morro do Sumaré.

Lá, foram baleados e arremessados do alto do morro.

O adolescente que sobreviveu foi atingido nas costas e na perna.

Ele se fingiu de morto e depois fugiu pela mata em direção ao Morro do Turano, no Rio Comprido, na zona norte.

Depois foi para casa no Complexo da Maré, onde mora.

Matheus, baleado na cabeça, morreu na hora.

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