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Justiça aceita denúncia contra Marcelo Odebrecht e outros 12

O juiz Sergio Moro aceitou denúncia contra o presidente da Odebrecht e outras 12 pessoas, entre elas executivos da empresa


	Empresário Marcelo Odebrecht é escoltado por policiais em Curitiba: com a decisão, Marcelo é agora réu em ação penal da Lava Jato
 (Rodolfo Burher/Reuters)

Empresário Marcelo Odebrecht é escoltado por policiais em Curitiba: com a decisão, Marcelo é agora réu em ação penal da Lava Jato (Rodolfo Burher/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 28 de julho de 2015 às 19h43.

São Paulo - O presidente da empreiteira Odebrecht, Marcelo Bahia Odebrecht, virou réu nesta terça-feira e responderá a processo acusado de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa no âmbito da Operação Lava Jato, informou a Justiça Federal do Paraná.

O juiz da 13ª Vara Federal do Estado, Sergio Moro, aceitou a denúncia contra Marcelo Odebrecht e outras 12 pessoas pelo suposto pagamento de propina por executivos da empreiteira a funcionários da Petrobras, entre eles dois ex-diretores e um ex-gerente da estatal. Entre os denunciados que agora também são réus estão quatro executivos ligados à empreiteira. Marcelo Odebrecht está preso preventivamente por conta de sua suposta participação no esquema de corrupção na Petrobras.

Procurada, a Odebrecht não comentou imediatamente a decisão do juiz.

Em sua decisão, Moro disse que Marcelo Odebrecht "estaria envolvido diretamente na prática dos crimes, orientando a atuação dos demais".

As irregularidades apontadas pelo Ministério Público Federal que envolveriam pessoas ligadas à Odebrecht incluem o suposto pagamento de propinas para obtenção de contratos de obras nas refinarias Getúlio Vargas, no Paraná, e Abreu e Lima, em Pernambuco, além do contrato de fornecimento de nafta pela Petrobras à Braskem, empresa petroquímica controlada pela Odebrecht.

Figuram ainda entre os réus na ação penal sobre as supostas irregularidades praticadas por membros da Odebrecht os ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa e Renato Duque e o ex-gerente da estatal Pedro Barusco, assim como o doleiro Alberto Youssef, acusado de lavar dinheiro do esquema.

Costa, Barusco e Youssef firmaram acordo de delação premiada em troca de redução de suas penas.

Texto atualizado às 19h43

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