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Justiça absolve Kfouri de acusação contra José Maria Marin

Marin ajuizou ação argumentando que teve a honra ofendida pelo jornalista Juca Kfouri, que teria relacionado-o à morte de Vladimir Herzog


	José Maria Marin, ex-presidente da CBF: Kfouri afirmou que não atribuiu diretamente a Marin a responsabilidade pela morte de Vlado, mas sim a todos aos que apoiavam o regime militar
 (Rafael Ribeiro / CBF)

José Maria Marin, ex-presidente da CBF: Kfouri afirmou que não atribuiu diretamente a Marin a responsabilidade pela morte de Vlado, mas sim a todos aos que apoiavam o regime militar (Rafael Ribeiro / CBF)

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Da Redação

Publicado em 23 de junho de 2015 às 14h05.

São Paulo - O juiz Ulisses Pascolati Junior, do Juizado Especial Criminal Central, absolveu, na última sexta-feira, 19, o jornalista Juca Kfouri da acusação de injúria contra o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e ex-governador de São Paulo José Maria Marin - atualmente preso na Suíça sob acusação de corrupção. As informações foram divulgadas no site do Tribunal de Justiça do Estado (TJ-SP).

Marin ajuizou ação argumentando que teve a honra ofendida pelo jornalista. Segundo o ex-presidente da CBF, Kfouri teria excedido os limites da liberdade de expressão, informação e manifestação de pensamento, ao publicar em seu blog dois textos, que, de acordo com o cartola, estabeleceriam ligação entre um pronunciamento dele na Assembleia Legislativa - na época em que exercia o mandato de deputado estadual -, e a morte do jornalista Vladimir Herzog, ocorrida dias depois, em outubro de 1975.

O jornalista alegou que apenas publicou as matérias quando Marin, depois de longos anos afastado da vida pública, assumiu a presidência da CBF, o que tornou o fato motivo de interesse jornalístico, sendo importante relembrar sua história. Em relação à responsabilidade pela morte de Vlado, Kfouri relatou que não atribuiu diretamente a ele, Marin, mas sim a todos aos que apoiavam o regime militar.

Em sua decisão, o juiz Pascolati Junior destacou que "nos textos publicados pelo jornalista não se observa a tentativa de responsabilizar diretamente o ofendido pela morte de Vladimir Herzog". "Os textos são, na realidade, voltados na tentativa de não deixar a história ser esquecida", destacou o juiz.

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