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Jungmann: Há "claros indícios" de prática de locaute em greve

Segundo ministro, governo possui relação de empresários que suspeitos de contribuir, incentivar ou orientar a realização da greve de seus funcionários

Raul Jungmann: "O governo reconhece a justiça dessas reivindicações, tanto que as atendeu" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Raul Jungmann: "O governo reconhece a justiça dessas reivindicações, tanto que as atendeu" (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de maio de 2018 às 19h30.

Última atualização em 25 de maio de 2018 às 19h31.

Brasília - O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse nesta sexta-feira, 25, que o governo possui "claros indícios" de que houve prática de locaute na paralisação dos caminhoneiros, o que é proibido por lei.

Segundo Jungmann, o governo possui uma relação com nomes de 20 empresários que foram chamados a depor pela Polícia Federal por suspeita de contribuir, incentivar ou orientar a realização da greve de seus funcionários.

Ele ressaltou que locaute é crime e que a Polícia Federal está investigando "quem está tirando proveito (da greve) com fins econômicos". "A PF está investigando casos de patrões que estão explorando de maneira insensível o sofrimento da população."

Jungmann disse ainda que, se ficar comprovada a prática de locaute, os empresários poderão ser presos e multados. Os funcionários também podem ser enquadrados, nestes casos, por associação criminosa.

Mesmo se ficar comprovado que houve locaute, Jungmann garantiu que o acordo do governo com as entidades que representam os caminhoneiros pelo fim da greve, formalizado na quinta-feira, 24, está mantido. "O governo reconhece a justiça dessas reivindicações, tanto que as atendeu. Se houver comprovação de locaute, e temos claros indícios de que houve, os empresários que se utilizaram desse movimento cometeram delitos e irão pagar por isso", declarou.

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