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Juiz suspende prazo para Eike pagar fiança de R$ 52 milhões

Após três meses na prisão, o empresário foi solto graças a um habeas corpus concedido pelo ministro Gilmar Mendes. Atualmente, ele está em prisão domiciliar

Eike Batista: atualmente, o empresário tem R$ 240 milhões bloqueados na Justiça (foto/Reuters)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 8 de maio de 2017 às 16h11.

Última atualização em 8 de maio de 2017 às 20h08.

Rio - O juiz Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal Criminal do Rio, decidiu suspender o prazo para o empresário Eike Batista pagar fiança de R$ 52 milhões, que venceria nesta terça-feira, 9.

O fundador do grupo X teria que entregar esse valor até a data ou voltaria para a prisão preventiva. Ele está em domiciliar desde 30 de abril.

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"O prazo foi suspenso para verificação de que há um montante bloqueado em excesso em outros processos que Eike responde na 3.ª Vara Federal Criminal. A ideia é pedir que eles sejam transferidos para a 7.ª Vara Federal", afirmou Fernando Martins, advogado de Eike.

O valor em excesso seria de R$ 78 milhões, o que cobriria a fiança de R$ 52 milhões.

Segundo o advogado, o Ministério Público Federal (MPF) foi favorável a essa compensação. "Agora temos que esperar se a 3.ª Vara Federal Criminal vai autorizar a transferência", disse.

Atualmente, Eike tem R$ 240 milhões bloqueados na Justiça. Uma decisão recente determinou que somente R$ 162 milhões deveriam permanecer bloqueados.

O ministro Gilmar Mendes concedeu habeas corpus ao fundador do grupo X no fim do mês passado.

O juiz de plantão Gustavo Arruda Macedo autorizou que Eike deixasse Bangu 9 e passasse a cumprir prisão domiciliar.

Ele voltou para sua casa no mesmo dia após três meses preso.

Na sequência, Bretas decidiu estabelecer a fiança, que deveria ser paga em até cinco dias úteis.

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